Se havia dúvidas, foram dirimidas. Se faltavam provas, agora
existem de sobra. O judiciário só não abre processo contra o ex-presidente Lula
da Silva e contra a atual presidente Dilma Rousseff, ambos do PT, se não
quiser.
As acusações contra os dois: as mesmas que foram levantadas
contra Zé Dirceu no caso do MENSALÃO, que o fez pegar (01) por FORMAÇÃO DE
QUADRILHA: 2 anos e 11 meses de prisão; e (02) por CORRUPÇÃO ATIVA: 7 anos e 11
meses, mais multa de R$ 676 mil.
Já o doleiro Alberto Yousseff seria, no atual caso da
Petrobras, o equivalente ao que foi Marcos Valério no Mensalão. Valério foi quem pagou a conta maior. Está
puxando cana somada de 40 anos, 2 meses e 10 dias de prisão e mais multa de R$
2,72 milhões (em valores que ainda serão corrigidos).
Foi o medo de pegar uma pena semelhante que levou Yousseff a
fazer um acordo de delação premiada, inclusive com a devolução de valores e
bens - amealhados na roubalheira da Petrobras.
O libelo está claro na peça de defesa do Yousseff, feita por
sua equipe de advogados. Vai ser alegado que o doleiro serviu apenas como uma peça no sistema político criado para
dar sustentação ao projeto de poder do PT.
O doleiro Youssef é acusado de chefiar um esquema que teria
movimentado ilegalmente cerca de R$ 10 bilhões da estatal. Leia o que argumenta o advogado Antônio Augusto Figueiredo Basto:
"É um projeto de
poder para sustentação do PT. Não há
dúvida disso. Vou citar isso na peça, claro. Não tem dúvida. PT e a base aliada
como PMDB, PP. É a corrupção sustentando um esquema de poder. Não há para mim a
menor dúvida que esse esquema é um grande sistema de manutenção de grupos
políticos".
MESMA
ALEGAÇÃO DO EMPREITEIRO
Coincidência ou não, orquestrado ou não, o fato é que o
advogado do doleiro segue a mesma argumentação que seguiram os advogados (ou vice-versa) do empreiteiro
Gérson de Mello Almada, vice-presidente
da Engevix Engenharia.
No documento entregue à Justiça Federal, afirmam, sem
rodeios, que a Petrobras foi usada para bancar o custo alto das campanhas
eleitorais:
"Fica claro que a Petrobras foi escolhida para
geração desses montantes necessários à
compra da base aliada do governo e aos cofres das agremiações
partidárias".
Parece até samba de uma nota só, mas os advogados de Youssef
e do empreiteiro concluem com a mesma asserção:
"O esquema vem de cima. É verdade que não tem inocente nesse
jogo. Ninguém foi extorquido, achacado, todos entraram de forma consciente. Tudo vinha de cima e era para sustentar,
sim, um esquema político".
Por fim, o advogado de Youssef arrazoa, de forma incisiva:
"Se você não tem os corruptos, não tem esquema. E quem nomeavam os
corruptos? Os políticos. É uma lógica irrefutável".
SÉRIO, PRECISA MAIS?