Os efeitos colaterais da roubalheira na Petrobras se espalha
pela própria estatal, por todo o Brasil e até no mercado externo.
O Ceará teve de renunciar a um sonho de ter uma refinaria
que embalou a eleição de dois governos e resultou em um prejuízo de R$ 596
milhões. O Maranhão também perdeu a sua refinaria prometida.
A divulgação do balanço (ainda que não auditado pela PwC),
que vinha sendo adiado porque o governo
petista queria esconder o rombo da roubalheira, ainda que as
consequências fossem desastrosas para a empresa para a quitação dos bônus -
dívidas com investidores internacionais.
No final, foi divulgado timidamente o balanço, apontando um
resultado positivo, SEM NENHUMA IMPORTÂNCIA, de R$ 3,1 bilhões, que está
presente somente para camuflar a estimativa do rombo da roubalheira e da incompetência de R$ 88,6 bilhões.
Os efeitos colaterais foram imediatos, como dissemos no
comentário anterior. As ações da Petrobras, preferenciais e ordinárias, caíram em
média 11%, depreciando o valor estimado da empresa de R$ 128 bilhões para R$ 114 bilhões, um
encolhimento de R$ 13,9 bilhões.
Conforme divulgou a agência Reuters, que tem sede em NY, a Petrobras
corre o risco de ser declarada inadimplente em bilhões de dólares em dívida,
mesmo tendo divulgado os resultados atrasados (era novembro passado) do
terceiro trimestre dentro de um prazo autoimposto
Os atrasos nas baixas contábeis no terceiro trimestre podem
também tornar difícil determinar se a Petrobras, a petroleira mais endividada
do mundo, cumpriu as obrigações estabelecidas nos bônus lançados em 2011 de
manter os seus níveis de dívida abaixo dos limites em seu plano estratégico, segundo
a analista da Concórdia Corretora Karina Freitas, em São Paulo.