Todos vimos e lemos alguma coisa sobre as comemorações dos
35 anos de vida do PT. Se não deu para fazer uma ruidosa comemoração em razão
do mar de lama que atinge o partido, deu, pelo menos, para tirar algumas decisões
partidárias ridículas.
A primeira, foi a solidariedade ao tesoureiro João Vaccari,
acusado pelo ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, de ter
recebido do propinoduto doações de R$ 200 milhões para o partido. O próprio
ex-presidente Lula da Silva disse que o "companheiro" não precisa ser
conduzido pela PF para depor, pois iria naturalmente, já que "não tem
culpa".
Depois, foi o presidente da legenda, Rui Falcão, que ameaçou
processar meio mundo, como fizeram os condenados do MENSALÃO. O principal alvo foi
o ex-gerente de Serviços da Petrobras (um dos delatores premiados da Operação
Lava-jato), Pedro Barusco, pela denúncia feita.
Ao final das lamúrias, foram tiradas algumas resoluções. Uma
delas resultou no documento em que O PT acusa os opositores do governo Dilma de
"golpismo e tentativa de privatizar a Petrobras".
Segue explicitando a decisão de "condenar a ofensiva e
denunciar as tentativas daqueles que investem contra a Petrobrás, pois, a
pretexto de denunciar a corrupção que sempre combatemos, pretendem, na verdade,
revogar o regime de partilha no pré-sal, destruir a política de conteúdo
nacional e, inclusive, privatizar a empresa".
O documento defende ainda a taxação das grandes fortunas e o controle da mídia. Sugere a
criação de uma comissão com integrantes do partido, do governo e do movimento
sindical para a discussão das medidas provisórias que alteram as regras para
concessão dos benefícios previdenciários.
Pede, por fim, que os investigadores do escândalo da
Petrobras, recuem a investigação até o governo de FHC, pois, conforme disse
Barusco, ali o jogo da propina já existia.
Quer dizer, Barusco vale para esticar o tempo da corrupção,
mas não vale quando diz que repassou R$ 200 milhões do propinoduto ao PT.Para