O ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) afirmou que a extensão dos critérios adotados com o mínimo é inconstitucional e destacou que cada ponto percentual de aumento no reajuste dos aposentados teria um impacto fiscal de 2 bilhões de reais nas contas da Previdência. Só faltou dizer que a saída era construir campos de concentração para abrigar os idosos.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cedeu e tirou o dele do ponto. "Eu pautei um projeto de salário mínimo, não de previdência. Desse modo, depois do envio da MP do mínio a única forma de estender o reajuste a aposentados ou pensionistas é por meio de uma nova emenda - que a oposição já se articula para apresentar. Vai se difícil!
MAS, VERBAS DOS PARTIDOS FORAM TRIPLICADAS
Em meio a aperto E PASSANDO POR CIMA DA TRAIÇÃO AOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS, o Congresso não teve o menor pudor em triplica as verbas dos partidos políticos.
O valor a ser distribuído entre as legendas por meio do fundo partidário subiu de uma previsão de 289,5 milhões de reais para 867,5 milhões para ser partilhado proporcionalmente entre os 32 partidos atualmente registrados.
Até sou a favor do financiamento público de campanhas (pleno, porque já é público através da roubalheira), mas o fundo partidário não se destina a eleições e sim a manter os cartórios.
De acordo com a Lei 9.096/95, que rege a aplicação do fundo partidário, o recurso pode ser utilizado na manutenção das sedes e serviços do partido, para o custeio das propagandas políticas e em campanhas eleitorais. Somente em 2014, as agremiações receberam 308,2 milhões de reais do dinheiro público, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Por ter a maior bancada, o PT foi o principal beneficiado: recebeu 16% de todo o fundo - 50,3 milhões de reais -, o que explica a ambição do partido em instituir o financiamento exclusivamente público de campanha, passando a receber a fatia mais gorda entre todas as legendas. Depois do PT, os principais beneficiados pelo recurso partidário foram o PMDB (11,46%) e o PSDB (10,84%).
O valor a ser distribuído entre as legendas por meio do fundo partidário subiu de uma previsão de 289,5 milhões de reais para 867,5 milhões para ser partilhado proporcionalmente entre os 32 partidos atualmente registrados.
Até sou a favor do financiamento público de campanhas (pleno, porque já é público através da roubalheira), mas o fundo partidário não se destina a eleições e sim a manter os cartórios.
De acordo com a Lei 9.096/95, que rege a aplicação do fundo partidário, o recurso pode ser utilizado na manutenção das sedes e serviços do partido, para o custeio das propagandas políticas e em campanhas eleitorais. Somente em 2014, as agremiações receberam 308,2 milhões de reais do dinheiro público, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Por ter a maior bancada, o PT foi o principal beneficiado: recebeu 16% de todo o fundo - 50,3 milhões de reais -, o que explica a ambição do partido em instituir o financiamento exclusivamente público de campanha, passando a receber a fatia mais gorda entre todas as legendas. Depois do PT, os principais beneficiados pelo recurso partidário foram o PMDB (11,46%) e o PSDB (10,84%).
MAS A RENDA DOS BRASILEIROS CAI
Sobe a o dinheiro dos partidos, parlamentares têm mais verba para obras em estados, salários dos ministros do STF sobem, a roubalheira não para, a inflação teima de corroer os salários - resultado: renda dos brasileiros pode cair até 5% em 2015, na previsão de economistas.
Já começamos a pagar o preço PT. Após uma década de crescimento, o poder de compra dos trabalhadores deve ter a maior redução desde 2002, afetado por desemprego, inflação e ajustes.
Este ano, a alta de preços de tarifas, combustíveis e alimentos impõe um cenário bem mais desafiador. Desigualdade - A queda real na renda, corroída pela inflação, deverá afetar os ganhos sociais obtidos nos últimos anos.
A economista do Instituto de Estudos do Trabalho (Iets), Sonia Rocha, lembra que a alta da renda respondeu por 60% da redução da desigualdade do país entre 2003 e 2013. Agora, o cenário deverá mudar. "Havendo queda da renda do setor de serviços, que é o grande empregador de pessoas menos qualificadas, o impacto é certeiro sobre a pobreza e a desigualdade", diz.