Quando a maré é vazante, tudo aparece. Não bastassem o desandar da economia, a roubalheira da Petrobras, no rastro da estrela cadente, e a queda brutal da popularidade, o governo Dilma (PT) ainda tem de conviver com vazamentos de críticas internas e com a sensação de esboroamento da equipe - contribuição da briga do ex-ministro da Educação, CID GOMES (Pros), com a maioria dos deputados federais.
Definitivamente a saída espalhafatosa do ministro CID GOMES (Pros) do governo após a desastrada briga com os com os deputados federais, motivo gabolices nas hostes do clã Gomes e simpatizantes, produziu outras feridas no governo Dilma Rousseff (PT) - até o câmbio do dólar foi afetado. Para quem está no fundo do poço da popularidade - 62% de ruim e péssimo - qualquer marolinha é um tsunami.
Mas não é só. A maré vazante colocou mais pedras no caminho. Refiro-me ao vazamento de uma crítica produzida pelo gabinete do Planalto, onde Lula e Dilma são apontados como derrotados. Era para ser um texto reservado. Mas vazou. Os ratos encheram o navio de Planalto de buracos. Veja a análise no link abaixo.
O caso do documento reservado, ao qual a mídia teve acesso, mostrou a barafunda atual que vive a administração petista. Quando um governo deixa explícita sua fraqueza até o cafezinho é servido frio.
Exemplo disso foi a solidão da presidente em duas solenidades: nenhum chefe de Poder esteve presente ao lado de Dilma na quarta-feira (pacote contra corrupção - 18/03/15 e tampouco no ato de lançamento do Novo Código Civil (16/03/15). No último ano, o jeito foi resgatar o aposentado José Sarney para sentar ao lado dela.
Outro exemplo de debilidade foi o pacote anticorrupção, que não teve o menor impacto. Alguns governista ainda saíram falando mal. Diziam que as medidas eram apenas ações requentadas e de pouco impacto para recuperar a força política do Planalto.
A PRETENSÃO DESVAIRADA
Alguns jornalistas qualificaram CID Gomes e como um político de temperamento mercurial e dado a arroubos, mas o que o de sua saída do governo transcende a espera do pessoal e se torna mais um momento de grande fragilidade do Palácio do Planalto.
Ainda assim, CID GOMES. que se revelou aliviado e feliz por ter deixado o governo, se julga no direito de requisitar para o seu pequeno grupo a vaga de ministro da Educação, já indicando Izolda Cela, a vice-governadora do Ceará e secretária de Educação do Governo CID.
É querer muito e apostar demais na fraqueza do Planalto. Todos sabem que a nomeação de CID saiu da cota pessoal da presidenta. Todos sabem também que o próprio CID já entrou atravessado para o ex-presidente Lula, imagine a comportada Izolda Cela. A cúpula petista quer retomar esse ministério do primeiro grupo.
É fato que a crise é grave e o desfecho dela é absolutamente incerto. O governo Dilma baixou a cabeça para o PMDB, que tem o controle das duas casa legislativas, através de raposas felpudas, e não sabe em que porto vai ancorar. Em Brasília e nas rodas políticas em qualquer recanto deste Brasil ninguém com quem se conversa, seja do governo ou da oposição, aposta no melhor.
https://drive.google.com/file/d/0B4SLIfQmh7h9NkFiVmZTeEFCcmM/view?pli=1