Estourou ontem (26/03/15) no Brasil, mas só hoje amanheceu na mídia convencional a OPERAÇÃO ZELOTES, que pode ter deixado um rombo em torno de R$ 19 bilhões nas contas públicas, superando o propinoduto da Petrobras.

Desta vez, só há uma diferença: é que o dinheiro não saiu, deixou de entrar. A OPERAÇÃO ZELOTES investiga, desde 2013, crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, advocacia administrativa, tráfico de influência e associação criminosa no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

O órgão é uma espécie de tribunal da Receita Federal que julga processos na esfera administrativa, em que contribuintes questionam a cobrança de tributos. É um colegiado paritário formado por funcionários do Ministério da Fazenda e por representantes da sociedade, como advogados. Ele é composto por três seções de julgamento, cada uma especializada em um grupo de tributos.

O Carf estava, então, todo dominado. Segundo a PF, os envolvidos repassavam informações privilegiadas para os escritórios para captar clientes e oferecer facilidades no órgão da Receita.

São investigados um conselheiro do Carf e nove ex-conselheiros. Também estão sob investigação cerca de 70 empresas em setores como financeiro, indústria automobilística e agrícola.

A operação foi deflagrada em Juazeiro do Norte-CE, em São Paulo e no Distrito Federal para cumprir de 41 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal.

Em JN foi feita apreensão de computadores na casa de um cearense suspeito. O nome do suspeito e nem o nome das empresas não foram revelados porque as investigações acontecem em segredo de Justiça.

A PF já apreendeu mais de R$ 1,3 milhão, em espécie, como parte da operação, deflagrada em parceria com a Receita Federal, o Ministério Público Federal e a Corregedoria do Ministério da Fazenda.

Em Brasília, foram feitas buscas na residência do ex-vice-presidente da 3ª Seção do Carf, Leonardo Siafe Manzan. Lá teria sido apreendida uma quantia superior a R$ 800 mil no apartamento do investigado - um duplex de alto padrão, na Asa Sul de Brasília.

Ô POVO LADRÃO ESSE QUE FOI PARA TODOS OS ESCANINHOS DO PODER.