Os caminhos políticos para a eleição de 2016 (municipal) estão tomando contornos que apresentam novo desenho com novos personagens.

O novo quadro dá vantagem para quem não tinha e tira vantagem de quem tinha muita. Uma das vítimas dessa dança é o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (Pros).

Se não houver um revertério, RC não terá o PMDB e nem o PT e também não contará com PR, PSDB e PCdoB. Aí perde na estrutura e no tempo de TV e rádio, sua maior vantagem na eleição passada.

Só com partidos pequenos, RC pode ter um insignificante tempo de TV e de rádio, pois o Pros tem tempo pequeno. Pode somar com o tempo do DEM, se conseguir manter uma parceria com Moroni, e com outros parceiros como PSDC, PTN e outros nanicos não acrescentam tempo de TV.

O maior tempo no horário de TV vai ficar, se candidato for, com Capitão Wagner (PR), que pode assegurar aliança com PMDB e PSDB, principalmente. O PT, que avalia o lançamento de candidato próprio, pode segurar o PCdoB e até o PSB

Só para esclarecer, pela ordem, PMDB, PT, PSDB são os maiores tempos de TV, que é calculado pelo tamanho da bancada de cada um na Câmara Federal.

Entendeu agora porque o prefeito Roberto Cláudio diz que falar sobre eleição municipal agora é desrespeito?


CURTAS E BOAS


DINHEIRO PÚBLICO - A mamata do milionário repasse de verba (financiamento público parcial) para os partidos políticos vai fazer a festa das siglas nanicas. Veja, o exemplo do PTN, que sai de R$ 1,05 milhão para R$ 7,53 milhões.

ESQUENTAR O PARTIDO - PSDB quer voltar a ser protagonista nas próximas eleições no Ceará. O partidose esvaziou nas terras cearenses depois que saiu do poder. Agora, quer retomar o tempo perdido. Perdão, senhores tucanos poderosos, mas com Luiz Pontes como presidente?

TRAMPOLIM OU LEI GENI - Incorporação da gratificação do cargo na hora da aposentadoria na PM, inclusa no projeto do governador Camilo Santana, é reedição do trampolim ou da lei Geni, que valia no passado. Haja fila de coronel querendo passar um mês em cargo de confiança para levar o benefício para a inatividade. É muita cortesia com o chapéu alheio.

BRIGA DE CHEFES - Renan Calheiros (presidente do Senado) e Eduardo Cunha (presidente da Câmara Federal) brigam no caso da terceirização. Cunha quer aprovar o projeto votado no plenário da Câmara e Renan que reprovar o projeto no Senado. Parece briga de chefes, como havia na antiga época da lei seca.