O Senado já tem três CPIs instaladas e andando. No caso da CPI do PETROLÃO, "andando" não é bem o caso. Bom, não importa. O fato é que o Senado pode ter mais duas e quentes CPIs, se conseguir instalar a CPI dos Fundos de Pensão e a CPI do BNDES, duas caixas-pretas que devem ser abertas, ainda que nem toda a verdade apareça.

No Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – a iniciativa é investigar a concessão de empréstimos a fundo perdido ou sigilosos, como o financiamento da construção do porto de Havana (Cuba).

Nos fundos de pensão o objetivo é apurar irregularidades e prejuízos na administração de recursos financeiros de previdência complementar de empregados de sociedades de economia mista e de empresas públicas controladas direta ou indiretamente pela União, como o Petros (Petrobras), Postalis (Correios), Previ (Banco do Brasil) e Funcef (Caixa).

No Senado é diferente. Não há limites. Na Câmara dos Deputados só cinco CPIs podem funcionar ao mesmo tempo. Poucas esperanças há de que as CPIs cheguem ao âmago das denúncias, mas expor as marmotas desse mundo aparelhado do PT já é um caminho aberto à decência neste país invulgar.