O Brasil é realmente um país ímpar. Tem um governo permissivo e incompetente, que quebrou o país, um Judiciário mais de meio bandeiroso, que mais assiste do que atua, e um Congresso a serviço do mal. Veja se entende. Os presidentes da Câmara (Eduardo Cunha-PMDB) e do Senado (Renan Calheiros-PMDB) são acusados de envolvimento no PETROLÃO da Petrobras e o que fazem? Tentam manipular o poder para saírem do processo.
Nem o presidente da Câmara e menos ainda o presidente do Senado explicam qualquer acusação, fazendo de conta que não é com eles. Está certo que estão acostumados com tal situação, pois, mais Calheiros do que Cunha, eles estão em todas (denúncias de roubalheira).
Não responder até que é compreensível. Para eles, é uma mera rotina a acusação de envolvimento em roubalheira, mas tentar mudar a Carta Magna do País para se beneficiar é demais. A primeira ação é impedir que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot (autor das denúncias envolvendo 35 políticos, entre eles Calheiros e Cunha) seja impedido de renovar o mandato, o que, até agora, lhe assegura a lei.
Quem está agindo nesse sentido é o deputado Paulinho da Força (SD-SP), abre alas do presidente da Câmara. Ele já colhe assinaturas para projeto de emenda que impede a reeleição do procurador-geral, que será incluída na PEC que fixa o mandato de ministros do STF.
Renan procura outra alternativa e fala na criação de uma CPI para investigar o Ministério Público, mas coloca a mão de qualquer propostas que tenha por objetivo coibir a renovação do mandato de Janot. Tanto a indicação quanto a recondução do procurador depende de aprovação dos senadores. O mandato de Janot vence em setembro.