Terminou a primeira parte da novela que maltrata o povo cearense: Carlile Lavor está definitivamente fora da secretaria de Saúde do Ceará. O secretário-adjunto, Henrique Javi, passa a responder pela pasta temporariamente.
Quer dizer, o caos continua, como foi testemunhado pela imprensa, que acordou. Em toda a rede pública, pacientes abarrotam os corredores dos hospitais e são atendidos até no chão; o surto de dengue mata e leva pavor a todas as comunidades.
Deus permita que você não precise ser atendido na rede pública.
O governador cearense, Camilo Santana, parece nem ter assumido o governo, pois não se afeta, mesmo tendo visto quase tudo (em périplo realizado, junto com o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio). Afirma apenas que está analisando os nomes (faz mais de um mês) para substituir Lavor.
O médico Carlile Lavor é muito bom naquilo que sabe: fazer diagnósticos. Sai da secretaria - nunca deveria ter sido chamado para ocupá-la - deixando o caos, mas fazendo uma diagnose perfeita.
- Acho importante que comece uma nova gestão, mais coordenada. Conversei com a equipe do governador. Mostrei os problemas para que o próximo gestor já não enfrente as mesmas dificuldades.
E Lavor estende o diagnóstico da saúde, com a autoridade de quem foi o criador do programa de agentes comunitários de saúde, no fim da década de 1980, até atestando, o que não fez o SUS, que a população envelheceu.
- É lamentável a desatualização do Sistema Único de Saúde (SUS). A crise do setor é fruto de um modelo antiquado que não acompanhou a evolução demográfica do País. É um sistema que tem ser aperfeiçoado. Hoje, já houve redução da mortalidade. A população está maior e mais velha.
- O maior problema da saúde hoje não é a falta de recursos financeiros, mas a capacidade de gerir o modelo de forma apropriada e eficaz. O foco dos recursos deve ser a assistência básica. TEORIA PERFEITA.
QUEM SERÁ CHAMADO
A segunda parte da novela da saúde é a indicação de novo nome para conduzir a pasta. Os cogitados, como no clássico Casa Branca, são os suspeitos de sempre: o deputado federal Odorico Monteiro (PT); o deputado estadual José Sarto Nogueira (Pros); o atual secretário interino Henrique Javi; e do ex-prefeito do Eusébio, Acilon Gonçalves. Apareceu até o nome do cardiologista Carlos Roberto Martins (Cabeto), que pareceu não se interessar pelo cargo.
Os cogitados, com exceção de Cabeto e do interino Henrique Javi, um físico, não representam novidade e muito menos solução. O histórico profissional deles não traz nenhum alento.
Pelo jeito, o capítulo final da novela - um bom serviço do setor da saúde ao povo cearense - está longe de ser escrito.
RC acompanhou Camilo (na fase final do período de tolerância administrativa) aos hospitais da rede pública. A repercussão da imprensa, principalmente, com a situação do IJF preocupou o prefeito, que foi ao hospital para tomar providências.
Mostrou-se indignado com a foto do atendimento de um paciente no piso (chão) do IJF e prometeu mudar a triagem para atendimento. A triagem de atendimento difere da seleção para ocupar vaga na UTI (conhecido como "corredor da morte" do IJF). O procedimento é negado, mas é antigo e estabelecido.
Sabe o prefeito Roberto Cláudio, também médico, que mudar alguma coisa na sistemática de atendimento do IJF e na ocupação das UTIs é quase impossível se os meios permanecem os mesmos. Mas o "mise-en-scène" está feito.
O governador cearense, Camilo Santana, parece nem ter assumido o governo, pois não se afeta, mesmo tendo visto quase tudo (em périplo realizado, junto com o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio). Afirma apenas que está analisando os nomes (faz mais de um mês) para substituir Lavor.
O médico Carlile Lavor é muito bom naquilo que sabe: fazer diagnósticos. Sai da secretaria - nunca deveria ter sido chamado para ocupá-la - deixando o caos, mas fazendo uma diagnose perfeita.
- Acho importante que comece uma nova gestão, mais coordenada. Conversei com a equipe do governador. Mostrei os problemas para que o próximo gestor já não enfrente as mesmas dificuldades.
E Lavor estende o diagnóstico da saúde, com a autoridade de quem foi o criador do programa de agentes comunitários de saúde, no fim da década de 1980, até atestando, o que não fez o SUS, que a população envelheceu.
- É lamentável a desatualização do Sistema Único de Saúde (SUS). A crise do setor é fruto de um modelo antiquado que não acompanhou a evolução demográfica do País. É um sistema que tem ser aperfeiçoado. Hoje, já houve redução da mortalidade. A população está maior e mais velha.
- O maior problema da saúde hoje não é a falta de recursos financeiros, mas a capacidade de gerir o modelo de forma apropriada e eficaz. O foco dos recursos deve ser a assistência básica. TEORIA PERFEITA.
QUEM SERÁ CHAMADO
A segunda parte da novela da saúde é a indicação de novo nome para conduzir a pasta. Os cogitados, como no clássico Casa Branca, são os suspeitos de sempre: o deputado federal Odorico Monteiro (PT); o deputado estadual José Sarto Nogueira (Pros); o atual secretário interino Henrique Javi; e do ex-prefeito do Eusébio, Acilon Gonçalves. Apareceu até o nome do cardiologista Carlos Roberto Martins (Cabeto), que pareceu não se interessar pelo cargo.
Os cogitados, com exceção de Cabeto e do interino Henrique Javi, um físico, não representam novidade e muito menos solução. O histórico profissional deles não traz nenhum alento.
Pelo jeito, o capítulo final da novela - um bom serviço do setor da saúde ao povo cearense - está longe de ser escrito.
SÓ "MISE-EN-SCÈNE"
E como o mal anda sempre acompanhado, no município (Fortaleza) a situação da saúde é caótica tanto quanto na máquina do Estado (Ceará). Mas o perfeito, Roberto Cláudio (Pros) fez o "follow up", afinal, está às vésperas da eleição, quando tentará renovar seu mandato.
RC acompanhou Camilo (na fase final do período de tolerância administrativa) aos hospitais da rede pública. A repercussão da imprensa, principalmente, com a situação do IJF preocupou o prefeito, que foi ao hospital para tomar providências.
Mostrou-se indignado com a foto do atendimento de um paciente no piso (chão) do IJF e prometeu mudar a triagem para atendimento. A triagem de atendimento difere da seleção para ocupar vaga na UTI (conhecido como "corredor da morte" do IJF). O procedimento é negado, mas é antigo e estabelecido.
Sabe o prefeito Roberto Cláudio, também médico, que mudar alguma coisa na sistemática de atendimento do IJF e na ocupação das UTIs é quase impossível se os meios permanecem os mesmos. Mas o "mise-en-scène" está feito.