Depois do fracasso nas negociações sobre a retomada da construção do Acquário, em Nova Iorque (EUA), onde esteve em companhia Arialdo Pinho (Turismo), Mauro Filho (Fazenda) se engajou em outro périplo por conta do Estado, deste vez com destino a Brasília, acompanhando o governador cearense Camilo Santana (PT).

O objetivo da dupla no DF é chorar no ombro da presidenta Dilma Rousseff (PT) por mais dinheiro para a saúde e para outras necessidades - muitas obras e serviços estão paralisadas. Não se pode dizer que governador e secretário vão retornar batendo, mas são poucas as possibilidades de conseguiram 'algum' no curto prazo.

O joguinho para cortar investimentos e custeio (menos do gabinete do governador) está feito. Mauro Filho, que não foi muito eficiente na reunião em NY, é esperto quando se fala das finanças do Ceará. Já executou, com aval do governador um corte de, pelo menos, R$ 220 milhões no orçamento de 2015, de uma previsão de R$ 400 milhões.


MAIS DINHEIRO SÓ 
COM ARROCHO FISCAL


O Palácio da Abolição só corta para fora, da mesma forma que o governo Federal. Dilma nada reduz das despesas do Planalto e da máquina do governo e só entende o aumento de caixa com aumento de impostos.

Assim também pensa o governador Camilo Santana (PT). Lamenta que os repasses da União estejam caindo, FPE por exemplo, mas não atua no sentido de reduzir o tamanho da máquina e o custeio. Cortou investimentos, mas não reduziu uma folha de papel do dia a dia da onerosa máquina do Estado, incluindo os périplos.

Camilo foi falar com Dilma, em audiência arranjada "na marra" - como se valoriza o líder do governo, deputado Guimarães - para chorar sobre a situação caótica da saúde. Ele sente o aperto e não pode berrar (pelas amarras eleitorais), mas não fala de outro tema que não seja aumento de arrecadação. Assim, dorme, sonha e acorda pensando na reimplantação da CPMF - o antigo e malfadado imposto do cheque.

Se só sabem administrar com aumento de imposto, Dilma e Camilo pode comemorar. A Câmara dos Deputados aprovou o texto principal da medida provisória 668, que aumenta impostos sobre produtos importados, incluindo cerveja, produtos farmacêuticos, cosméticos e maquinários. Mais aperto para a classe média. O preço da roubalheira e da mediocridade.


CORTE DE INVESTIMENTO


O governo do Ceará já caminha para cortar R$ 400 milhões em investimento. Já o governo federal aguardava a votação da MP para definir a dimensão do corte no Orçamento. A previsão é que o corte seja entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões.

A presidente Dilma Rousseff anunciou que fará "o contingenciamento necessário" do Orçamento para garantir o equilíbrio das contas públicas.

- Podem ter certeza que nem excessivo, porque não tem porquê; nem flexível demais, nem frágil demais, que não seja aquele necessário para garantir que as contas públicas entrem nos eixos.