O jornal "The Washington Post", em editorial, escreveu o que todos nós já sabemos: que "a democracia brasileira vive uma crise" e que a presidente Dilma Rousseff (PT) enfrenta o "desafio de permanecer no cargo, e tentar governar, pelos próximos três anos e meio", e, pior ainda, com uma reprovação popular que lhe arranca a legitimidade até mesmo da má governança que vem exercendo.
Mais grave de tudo é que o governo (incluindo a bancada), ao invés de centrar esforços em sua pauta de recuperação da ruim economia que destroça o Brasil, gasta energia em agendas outras, como a derrubada do marco da maioridade penal.
Dilma encara o esvaziamento de boa parte do seu poder, tomado pelos líderes congressistas - Eduardo Cunha, sobretudo, e Renan Calheiros - e não consegue aprovar as medidas de austeridade que precisa, para fazer seu plano de fiscal ter sucesso, na teoria, pelo menos.
Também não alcança uma forma convincente de explicar o envolvimento do seu partido, o PT - e agora dela própria - no recebimento do sujo dinheiro do PETROLÃO. Tema que igualmente foi abordado pelo editorial do "Post", qualificando o caso como "retrocesso no Brasil”.
Está no texto do "Post" que o escândalo de corrupção na Petrobras envolve dezenas de executivos e mais de 50 membros do Congresso, em um esquema de pagamento de propinas que soma US$ 2 bilhões (R$ 6 bilhões).
GOVERNO DO PT COM AGENDA DO PSDB
Mesmo com o governo fragilizado e com um líder despreparado na Câmara Federal (José Guimarães), e um vacilante líder no Senado (Delcídio Amaral) o Planalto vai tentar barrar Senado, pois dificilmente conseguirá tal intento na Câmara, a proposta de redução da maioridade penal, e, ainda, com a cor partidária invertida, como já ocorre no plano fiscal.
Dilma Rousseff orientou para que fosse apoiada a proposta do tucano José Serra, que amplia o tempo de internação de infratores e aumenta a pena dos aliciadores de menores, curiosamente, a mesma proposta que colocou Moroni Torgan, do DEM, como o deputado federal mais votado do Ceará.
O Plenário da Câmara vota (30/06/15) a PEC 171/93, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos em caso de crimes hediondos. Sem força para o enfrentamento, o governo Dilma vai tentar esvaziar a sessão e evitar que seja atingido quórum mínimo, mas caso a PEC seja aprovada a ordem é barrá-la no Senado.
É difícil conseguir segurar a redução da maioridade penal e assim Dilma Rousseff e diversos outros petistas que já não reluzem tanto tentam se agarrar na proposta de José Serra, que agrava a punição no ECA (sobe de 3 para 10 anos a internação do menor infrator) e propõe mudar o Código Penal para agravar a pena dos aliciadores de menores. É o único caminho, porque no caso de PEC, Rousseff não tem direito a VETO.
O Plenário da Câmara vota (30/06/15) a PEC 171/93, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos em caso de crimes hediondos. Sem força para o enfrentamento, o governo Dilma vai tentar esvaziar a sessão e evitar que seja atingido quórum mínimo, mas caso a PEC seja aprovada a ordem é barrá-la no Senado.
É difícil conseguir segurar a redução da maioridade penal e assim Dilma Rousseff e diversos outros petistas que já não reluzem tanto tentam se agarrar na proposta de José Serra, que agrava a punição no ECA (sobe de 3 para 10 anos a internação do menor infrator) e propõe mudar o Código Penal para agravar a pena dos aliciadores de menores. É o único caminho, porque no caso de PEC, Rousseff não tem direito a VETO.