Se alguma coisa sobra no Brasil é cara de pau (deixando de lado os 'amigos' dos cofres públicos). O que faz o sem-voto Mário Feitoza pedindo à Comissão de Ética e Disciplina do seu partido, o PMDB, para expulsar todos os infiéis.
Ora, ora, sabe-se muito bem que só é punido por infidelidade no PMDB, um partido sempre governista, quem não agrada a direção maior da legenda, no caso do Ceará, o senador Eunício Oliveira, que conduz a agremiação como um verdadeiro coronel.
O caso do vereador Carlos Mesquita, expulso pela unanimidade da vontade do presidente, é uma prova mais que patente. Ainda que Mesquita seja que nem tábua de fojo, ele foi pego como exemplo, pois há muito tempo a direção do partido sabia e aceitava a fidelidade a meio pau do vereador.
Mário Feitoza, é claro, quer limpar a área de um futura candidatura e das benesses do partido em nível nacional. Por isso, agora investe contra o combalido Aníbal Gomes, já no rol dos envolvidos no caso Lava Jato. O que Feitoza desconhece, ou melhor finge desconhecer para ver se dá certo, é que Aníbal Gomes é do grupo de Renan Calheiros, o todo poderoso presidente do Senado.
Um espertalhão se fazendo de boa praça.