Já não chama tanto a atenção as entrevistas do ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes, hoje um executivo meia-boca da Transnordestina.
Nos últimos dias, o mais velho do clã Gomes, tem ocupado espaço na mídia e nos bastidores partidários pela busca de um partido que possa dar suporte à sua pretensão de ser candidato pela terceira vez à Presidência da República.
O Pros, legenda que agrega todo o clã, não tem oferecido uma convivência tranquila e menos ainda o suporte de uma candidatura presidencial. O PDT parecer ser o partido, ainda que abra algumas frentes de oposição com a entrada do grupo.
Nas duas vezes que foi candidato a presidente, Ciro sempre se agregou, claro que longe da ideologia, a um partido. Na primeira, o abrigo foi o PPS, depois, o PSB e agora pode ser o PDT.
Pois é, mas enquanto navega em busca de um partido, Ciro tenta puxar alguma polêmica com o objetivo de marcar posição que lhe confira alguns dividendos eleitorais.
O jeito, então, foi pegar um carona no combalido trem do PT de Dilma Rousseff, assungando de um lado e do outro, variando somente na dosagem.
Ciro garantiu que mantém as mesma reservas e críticas a Dilma Rousseff, mas arregaça o grupo que fala sobre a queda da presidenta:
- São golpistas e frouxos.
Não sobra ninguém da metralhadora giratória de Ciro, um estilo que o caracteriza, mas que está cada vez mais esgarçado.
Desqualifica o movimento a favor do impeachment e o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e não poupa a presidenta e o ministério. Em seguida, dá uma estocada no TCU, abordando as "pedaladas fiscais".
- No governo de Fernando Henrique Cardoso foi pior e nunca aconteceu qualquer notificação por parte do TCU.
Por fim, de forma confusa (não dá para entender se batendo ou defendendo de um lado e do outro), critica os “endinheirados do setor financeiro” e cobra que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não “dê vazão” a depoimento de delatores da Lava Jato contra a campanha da presidente. “Isso é intolerável”.
Compreendeu?