O deputado estadual Capitão Wagner (PR) parece ter caído na lábia da estrutura financeira e partidária do senador Tasso Jereissati (PSDB) e saiu de um encontro com o tucano dizendo que vai estudar uma mudança de legenda caso seja aberta a janela partidária que tanto os políticos falam e querem.
O deputado afirma que não houve um convite oficial de Jereissati. Aproveita para esclarecer que está muito bem no PR e que a ideia é ir para a disputa da Prefeitura de Fortaleza na atual legenda, ainda que susceptível ao canto da sereia tucana, se a janela partidária for aberta.
O caso é que o deputado se deixou levar pela conversa estruturante de Jereissati, que acenou também com a possibilidade de os partidos de oposição fecharem só com uma candidatura de oposição. Não é bem assim. No momento, os partido debatem qual o melhor caminho: cada partido lançar seu candidato ou a união em torno de um só nome.
Se bom observador, Capitão Wagner vai engolir a contradição do PR e se arrumar mesmo por lá. Incomoda a ele sobretudo que o PR continue, apesar de já ter ameaçado sair, na base de apoio da presidenta Dilma. A contradição é café pequeno deputado. Mire-se no exemplo de Marcos Cals, duas vezes candidato pela sigla tucana e duas vezes cristianizado.