Não está fácil para a presidente Dilma Rousseff, já que desempenha pessoalmente a tarefa, encaminhar a aprovação no Congresso do seu pacote mais arrecadatório do que de cortes para equilibrar receita e despesas no orçamento do 2016.

Algumas coisas atrapalham, como, por exemplo, o edital para aquisição de R$ 200 mil só em prataria para o palácio presidencial. Em uma época mais de vender do que de comprar, Dilma também não consegue convencer nem a totalidade da bancada do PT e menos ainda a do PMDB.

O Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), acha difícil a aprovação da CPMF, arguindo que ninguém mais aceita aumento de impostos. Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) acha que deve haver uma discussão maior sobre o assunto. Só que não há tempo.

Se a CPMF não passar todo o pacote do governo cai, porque a reedição do imposto do cheque é sustentação de tudo. Por isso, Brasília está cheia do boatos sobre o impeachment, embora a bancada de amigos do governo tenha firmado que não assinarão nada nesse sentido. O fato é que o pedido do jurista Hélio Bicudo, fundador do PT, e a adesão de outros juristas, como Reale Júnior, colocaram lenha na fogueira.

Vou repetir: O pacote dá certo ou cai o ministro Joaquim Levy, levando a presidentA Dilma ao impeachment.