O empurra-empurra do governo Dilma Rousseff (PT) para emplacar o programa de arrecadação e fracos cortes para equilibrar o orçamento continua sua caminhada quase sempre tumultuada.

Dilma pediu o apoio dos governadores do seu partido e os que lhe são aliados e conseguiu boa adesão, mas desde que a alíquota da CPMF seja majorada de 0,20 para 0,38% das transações financeiras.

O mais entusiasta do imposto do cheque é o governador do Ceará, Camilo Santana, do PT, é claro. Ele foi o primeiro a falar no assunto logo depois de ungido ao governo, graças a incompetência do senador Eunício Oliveira (PMDB), que entregou a eleição mais ganha da história do Ceará, pela sua arrogância e vaidade.

Quer dizer, os governadores aliados do PT querem transformar o monstro já muito feio e rejeitado pelo país inteiro em um horripilante dragão. É, sem dúvida, uma inominável canalhice desse governo permissivo e incompetente querer que o país pague a conta do despreparo e da irresponsabilidade deles.

Pior de tudo é que essa súcia quer empurrar a conta para o contribuinte sem fazer o mínimo sacrifício, ou seja, permanecendo da esbórnia com o minguado e suado dinheiro público.

O roubo que assolou este país, garfando um montante de recursos seria suficiente (ou pelo menos estaria perto) para fechar o buraco do orçamento de 2016, estimado em 30,5 bilhões. Deve-se contar ainda com o dinheiro do enriquecimento súbito de figuras do PT e de outros partidos e de operadores do PETROLÃO, como são exemplos Antônio Palocci, Zé Dirceu e o próprio ex-presidente Lula, que faturou R$ 27 milhões somente em palestras.

O governo da petista Dilma parece esquecer tudo isso quando propõe um programa de recuperação, que considero duvidosa, assentado quase exclusivamente em aumento de impostos. Com extrema cara de pau simula um corte pífio das contas inchadas em mais 200% nos últimos 12 anos.

Só propõe o corte de 10 ministérios (sai de 39 para 29) e a eliminação de mil cargos comissionados e algumas medidas tímidas com os servidores. Nos ministérios, em verdade, não se trata de cortes. É a simples de status. Quem é ministério vira secretaria. Não há economia.

Na oposição e mesmo entre alguns peemedebista, embora com timidez, há quem fale em corte de 10 mil cargos comissionados e a EXTINÇÃO OU FUSÃO DE 19 ministérios. Dilma Rousseff tenta mexer com timidez nos servidores e nos cargos comissionados, sobretudo, porque é aí onde se esconde, remunerado pelo contribuinte, a força de choque (aparelhamento) do PT. Vai ser um jogo de tudo ou nada para o governo.


O CEARÁ SEGUE A
TRILHA LICENCIOSA

O mais grave de tudo é que os governadores, como o do Ceará, o petista Camilo Santana, está pégando carona integral no pacote de impostos da presidente Dilma Rousseff, embora cercado de adversários dela.

Santana já aumentou a alíquota de ICMS de alguns produtos, que diz maliciosamente que não são da mesa dos pobres e defende com unhas e dentes a volta da CPMF. Agora, no que se refere a corte de despesas da máquina ele nem fala e quando fala é de aumento.

Por último, foi o arauto das más notícias, o sem-mandato Mauro Filho, pastorando a secretaria da Fazenda pela enésima vez, que ameaçou o servidores do Ceará, afirmando que não há dinheiro. Depois, para calar os descontentes, revelou que a situação das contas do Ceará é sólida, embora só exista garantia para os salários até dezembro, ou seja, menos de quatro meses.

Devem ser contas mesmo muito sólidas. Por isso o empréstimo de US$ 1 bilhão de bancos estrangeiros que o Ceará quer conseguir com o aval do governo federal (ministério da Fazenda). Joaquim Levy está sentado em cima da proposta e o governo tenta tudo para ele liberar.

Agora, a conta para gastar esse dinheiro é que não convence, principalmente com a solidez arguida pelo secretário Mauro Filho, logo, logo também no PDT do clã Gomes. A conta apresentada é a seguinte:
US$ 150 mi para a Saúde,
US$ 240 mi para estradas,
US$ 65 mi para o Profisco,
US$ 105 mi para o Acquario,
US$ 100 mi para o Proares,
US$ 200 mi para o cinturão das águas
US$ 860 milhões

E os US$ 140 milhões que estão sobrando, o que será feito? E os canteiros de obras paradas espalhados pela cidade pelo ex-governador CID GOMES, que elegeu o atual governador Camilo Santana, ficará somente como estorvo nas ruas e praças? Um grande exemplo é o METRÔ SUL? Foi dinheiro do contribuinte gasto a rodo, inclusive na compra de equipamento, como os tatuzões, e está tudo parado, atrapalhando o trânsito e se acabando.

É hora de, pelo menos, ter vergonha e dar uma explicação mais convincente ao dono do dinheiro - o contribuinte.