Interessante que a presidente Dilma Rousseff (PT) queira dividir a responsabilidade na construção de um programa de recuperação da economia, quando a ninguém deu satisfação quando comprometeu o equilíbrio nas contas brasileiras na campanha para ganhar o seu segundo mandato.

Ademais de querer a participação de todos, a presidenta, depois de Inês morta, atua com transparência, evitando qualquer maquiagem (ou pedalada) na mensagem orçamentária apresentada ao Congresso, com um rombo confessado de R$ 30 bi.

A humildade de quem não pode mais sobreviver sem ajuda se tornou explícita no último round para aumentar impostos intentado pelo governo: a recriação da CPMF. Derrotado em seu desejo, só então os petistas engoliram um pouco da arrogância, mas, ainda assim, o pedido de ajuda é mais uma punição ao Congresso e ao povo brasileiro.

Veja bem, o governo petista, derrotado e incompetente, decidiu dividir a responsabilidade fiscal com o Congresso Nacional. Ou seja, está querendo a petista presidenta passar para a população (e, claro, para os políticos) uma mensagem de que a situação crítica mas não é só de responsabilidade do governo, mas do coletivo.

Não se pode aceitar que o governo Dilma venha dar uma de quase inocente, pois todo o drama que vive o país é produção desse governo irresponsável e incompetente, que está sendo vítima de sua própria criação: dívida interna chegando em R$ 3 trilhões e taxa de juros passando dos 14%, como revela a oposição.

O governo petista só está reconhecendo o desastre econômico, fruto da irresponsabilidade fiscal que foi praticada com fins eleitorais. No duro, a peça orçamentária que foi entregue ao Congresso configura crime contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. É papel do governo e não do Congresso e menos ainda do povo brasileiro fazer os cortes, a adequação das despesas às receitas.

A meu ver, o Congresso deveria devolver a peça orçamentária para que o próprio Executivo exerça aquilo que é sua responsabilidade: fazer os cortes e ajustes que se impõem para o equilíbrio orçamentário. Ficou claro o jogo dos cavilosos petistas de transferir a outros a responsabilidade no caso de cortes em programas sociais.

É um caterva sempre precisando enganar e mentir.