Ar de bom moço e falsas promessas

O novo pacote proposta pela presidenta Dilma Rousseff (PT) para equilibrar as contas do governo funciona como a visita da saúde. Significa que se funcionar, ela terá uma sobrevida e chegará ao final do governo se arrastando e o país pior ainda. Se der errado e a CPMF for rejeitada na votação do Congresso (é a principal pela arrecadatória), o impeachment virá inevitavelmente.

O caminho já está aberto e pavimentado depois do pedido apresentado por Hélio Bicudo, emblemático fundador do PT. Para tanto, a oposição já provoca o presidente Eduardo Cunha para que se posicione sobre pedidos de impeachment à espera de análise.

Entre os pedidos já em tramitação, o de Hélio Bicudo foi devolvido por conter imprecisões burocráticas. Mas o próprio Cunha já pediu a Bicudo para adequar o pedido aos requisitos exigidos pela Câmara. Se tudo correr bem e o recurso for aprovado em plenário, uma comissão será criada para dar sequência à tramitação poderá ser criada.

Segundo um deputado da oposição, o momento é favorável ao impeachment e o pedido de Hélio Bicudo é a alavanca para retirar o imenso peso do atual governo do Planalto. E sem dúvida que o governo está pisando em ovos e conta todos os dias os votos na tentativa de barrar qualquer evolução do processo de impeachment - inicialmente, 257 votos na Câmara.