Não vou defender o indefensável. Acredito que Dilma Rousseff e Lula da Silva, sobretudo, sabem de tudo e se beneficiaram nas eleições do dinheiro da propina da PETROBRAS. Não tenho dúvida nenhuma. E digo mais, Lula da Silva, depois de sair da presidência, continuou mamando na tetas peçonhentas do PETROLÃO. A sua imoral empresa de eventos (LILS) faturou só em palestras R$ 27 milhões em três anos. Quer prova maior? Agora, isso é suficiente para abrir um processo?

Não consigo, contudo, ter dois pesos e duas medidas voluntariamente. Por isso, defendo que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), seja apeado do cargo que ora exerce e que o coloca como o terceiro na linha de sucessão da Presidência da República. Fazer vista grossa da denúncia formal contra ele - feita pelo Procurador Geral da República, por corrupção e lavagem de dinheiro - é uma desfaçatez. É pregar moral estando pelado na rua.

Apenas suponha que se fosse a presidentA Dilma Rousseff (PT) que estivesse com acusação formal de envolvimento no PETROLÃO, o que aconteceria? Os pedidos de impeachment estariam voando de uma lado para outro já pleno de assinaturas.

Mesmo os mais radicais têm seu papel e, assim, estou ao lado dos parlamentares que entregam ao procurador pedido de afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara, caso a denúncia contra ele seja aceita pelo STF. O peemedebista, que foi do grupo de Collor de Mello, até esteve bem no início e mostra uma habilidade incomum na condução da Câmara, mas a denúncia contra ele é grave, merece ser apurada.

É plenamente aplicável a Cunha o dispositivo constitucional que reza que o presidente da República não pode ser réu em ação no STF, sendo necessário seu afastamento por pelo menos 180 dias até que, neste prazo, ocorra seu julgamento. Eduardo Cunha, como já disse acima, é o terceiro na linha sucessória.