Um governo ao rés do chão só puxa o país para o buraco. Não é melhor pagar tudo de uma vez e sair, sacudindo a poeira, para a reconstrução? Entendo que seria melhor EXECUTAR logo a OPERAÇÃO IMPEACHMENT do que esperar uma longa agonia para chegar ao mesmo veredicto, a um preço, com certeza, muito mais salgado.

Se o vacilo quanto a fazer logo o impeachment existe por uma questão de preservação da ordem e medo da reação (dos militares, só pode) ao desenlace, vale o desiderato. A ordem já está em acelerada decomposição, com o desgoverno e o descontrole da economia, e, quanto aos militares, não creio que exista, pelas casernas, muita solidariedade com os governos petistas. Basta lembrar o último episódio tentado pelo governo Dilma, já com Jaques Wagner como ministro da Defesa:

- Publicou um decreto retirando dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica o poder de editar atos relativos a pessoal militar, como transferência para a reserva, reforma de oficiais da ativa e transferências para o exterior. Com a polêmica gerada pela reação dos militares, o governo decidiu voltar atrás.

Foi mais uma sacanagem tramada por petistas, com claros objetivos de desmoralização dos militares.




TCU REJEITA CONTAS DE DILMA: 
É O IMPEACHMENT DE BANDEJA


A deixa que faltava foi oferecida pelo TCU, órgão auxiliar do Congresso Nacional, ao rejeitar, por unanimidade, as contas do governo da presidente Dilma (PT) relativas a 2014. Fundamento arguido: balanço com irregularidades, ferindo preceitos constitucionais, a Lei Orçamentária e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Como em tantas outras oportunidades, o governo Dilma atravessou todas as regras de abordagem ao tentar aprovar suas contas. Por isso, antes de sair o parecer do TCU, distribuiu nota desqualificando a rejeição, que já era esperada. Quis derrubar o ministro relator Augusto Nardes, depois diligenciou denúncias contra ele, e, por fim, arguiu, no STF, a suspeição dele.

Errou e persistiu no erro. Até o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), também com o pescoço na guilhotina (propina), deu sua opinião sobre o parecer do TCU com certo grau de ironia:

- Quando o governo foi pedir a suspeição do relator, praticamente adiantou o resultado. Foi um erro político grave do governo, para tentar politizar o processo.

Choro no Planalto (e no PT) e alegria nas oposições, que acompanhou tudo de dentro da corte de contas. Todos emitiram notas ou deram declarações entusiastas. O senador Aécio Neves (PSDB), ausente, emitiu, via e-mail, a sua opinião:

- Foi uma decisão histórica do TCU. O fato concreto é que fica comprovado que a presidente Dilma cometeu crime de responsabilidade e caberá agora ao Congresso determinar as sanções cabíveis.

A FACA E O QUEIJO ESTÃO NAS MÃOS DO CONGRESSO. É PENSAR NO BRASIL, EM PRIMEIRO LUGAR.


A DESGRAÇA NUNCA VEM SÓ: 
TEM SEMPRE COMPANHIA.


Dissemos aqui, em artigo anterior, que a reforma ministerial era a última cartada da presidentA Dilma Rousseff (PT). Não demorou muito e está aí o cenário está composto. Reforma sacramentada, com as bênçãos de Lula da Silva e da cúpula do PMDB, mas esqueceram de combinar com os outros partidos e mesmo com o corpo do PMDB e até do PT.

A insatisfação está por todo lado e já é o segundo dia de votação, pós reforma, que o governo não consegue sequer fazer quorum para a votação dos vetos presidenciais da chamada pauta "bomba". Se os governistas esperavam que a reforma conferisse governabilidade caíram do cavalo. A turbulência persiste na insaciável base aliada, que reclama agora os cargos de segundo e terceiro escalões. Eita, Brasil.

Bom, e como a desgraça nunca anda só, mas sempre acompanhada, no segundo dia, a derrota chegou com um adicional - a rejeição, pelo TCU, das contas de 2014. Foi mais do que suficiente para que os governistas baixassem a cabeça e engolissem o dia aziago.

A maré era toda de refluxo e nem o safo presidente da Câmara escapou. Eduardo Cunha evitou falar de sua situação e teve de engolir seco quando 29 deputados federais de seis partidos políticos protocolaram na Corregedoria da Câmara representação pedindo a abertura de processo de cassação contra ele. Cunha foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República sob acusação de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. 

O MERCADO REAGIU COM CALMA, MAS A TURBULÊNCIA AGRAVADA NÃO DEIXA MUITAS ESPERANÇAS.