Mauricio Macri que resgatar valores econômicos e éticos
Quando o metalúrgico aposentado Luís Inácio (Lula) da Silva venceu a eleição de 2002, a sua quarta investida, o Brasil é o mundo entenderam que aquela vitória poderia representar um marco de um novo tempo.
Dá para recordar que alguns estudiosos da Ciência Política chegaram a afirmar que a vitória do petista no Brasil significava uma guinada da América Latina à esquerda.
Ludolfo Paramio, um professor espanhol escreveu que "la victoria de la izquierda en Brasil ha sugerido la posibilidad de que se produzca un giro a la izquierda en la política latinoamericana".
O historiador Eric Hobsbawn definiu a vitória do ex-sindicalista como "um dos poucos eventos do começo do século 21 que nos dá esperança para o resto deste século".
Em Londres, em 14 de julho de 2003, o sociólogo Anthony Giddens manifestou o otimismo que o presidente transformasse não apenas o Brasil, mas "o mundo".
Deu em nada. Nem Lula da Silva e seu grupo eram realmente políticos de esquerda e, menos ainda, tinham a dimensão que se esperava. A história vai ser contada, mas, por ora, é possível dizer que Lula só conseguiu mesmo mudar a história do Partido dos Trabalhadores, até então pautada pela bandeira da ética na política. Agora, atolado até o pescoço na lama da corrupção e do empreguismo,
Um novo marco surge agora com a eleição do Mauricio Macri na Argentina, derrotando o Kirchnerismo. Tido como um homem de direita, Macri promete o crescimento da economia do país e mudanças após 15 anos de governo de um arremedo de esquerda (tal qual no Brasil) que fracassou e levou a Argentina à fragilidade que hoje enfrenta.
A eleição de Macri representa o retorno. Para seguir a fala de espanhol Paramio, há 13 anos, uma guinada à direita. Mas esta não é uma assertiva fiel, atual e no passado, porque a primeira não foi e se não foi não há retorno.
Tirando pelo entendimento plano dos significados de esquerda e direita, seria mais honesto dizer, no caso do Brasil e da Argentina, que houve uma 'centralização', ou seja, a direita havia caminhado no rumo da esquerda e a esquerda no governo tomou o rumo da direita, quando deveria ter arrastado da esquerdização da direita e adicionado mais conteúdo à esquerda.
o primeiro teste da nova onda, definida como de centro-direita, vai aparecer nas eleições parlamentares da Venezuela, o maior fracasso da esquerda de duvidosos (melhor seria desastrosos) resultados. Se a derrota acontecer -e é mais que provável, considerando-se a fragilidade do governo de Nicolás Maduro -, somada às imensas dificuldades do governo Dilma, no Brasil, Macri pode levar a sua Argentina a inaugurar um novo período histórico na região.
Como já escreveu o professor Wagner Iglecias, doutor em Sociologia e professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e do Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina da USP, "o pêndulo político que pendeu para a esquerda volta-se agora para a direita, caminhando novamente em direção a Washington".
Deu em nada. Nem Lula da Silva e seu grupo eram realmente políticos de esquerda e, menos ainda, tinham a dimensão que se esperava. A história vai ser contada, mas, por ora, é possível dizer que Lula só conseguiu mesmo mudar a história do Partido dos Trabalhadores, até então pautada pela bandeira da ética na política. Agora, atolado até o pescoço na lama da corrupção e do empreguismo,
Um novo marco surge agora com a eleição do Mauricio Macri na Argentina, derrotando o Kirchnerismo. Tido como um homem de direita, Macri promete o crescimento da economia do país e mudanças após 15 anos de governo de um arremedo de esquerda (tal qual no Brasil) que fracassou e levou a Argentina à fragilidade que hoje enfrenta.
A eleição de Macri representa o retorno. Para seguir a fala de espanhol Paramio, há 13 anos, uma guinada à direita. Mas esta não é uma assertiva fiel, atual e no passado, porque a primeira não foi e se não foi não há retorno.
Tirando pelo entendimento plano dos significados de esquerda e direita, seria mais honesto dizer, no caso do Brasil e da Argentina, que houve uma 'centralização', ou seja, a direita havia caminhado no rumo da esquerda e a esquerda no governo tomou o rumo da direita, quando deveria ter arrastado da esquerdização da direita e adicionado mais conteúdo à esquerda.
o primeiro teste da nova onda, definida como de centro-direita, vai aparecer nas eleições parlamentares da Venezuela, o maior fracasso da esquerda de duvidosos (melhor seria desastrosos) resultados. Se a derrota acontecer -e é mais que provável, considerando-se a fragilidade do governo de Nicolás Maduro -, somada às imensas dificuldades do governo Dilma, no Brasil, Macri pode levar a sua Argentina a inaugurar um novo período histórico na região.
Como já escreveu o professor Wagner Iglecias, doutor em Sociologia e professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e do Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina da USP, "o pêndulo político que pendeu para a esquerda volta-se agora para a direita, caminhando novamente em direção a Washington".