O que eu penso é que Eduardo Cunha foi somente o instrumento que acolheu o pedido, mas não o culpado pela montanha de erros da temerária presidentA. Também não é culpado, mas beneficiário como tantos petistas, dos assustadores escândalos de corrupção que saqueou o país, sob a égide dos governos petistas e do próprio PT.
Se Dilma Rousseff é mais vítima do algoz essa seria uma outra história. Acho até que elA não é inocente, mas não é a grande culpadA, melhor dizendo, CULPADO. O ex-presidente Lula da Silva é quem é o mentor de tudo (e teve em Zé Dirceu, preso, o seu melhor planejador e executor).
A presidentA, no cargo e, portanto, no vórtice dos acontecimentos, tem, por dever de obediência, de engolir, de ser conivente com tudo, com o direito de apenas indignar-se para fora, como o fez agora mirando o deputado Eduardo Cunha, embora respingue em muitos dos seus parceiros.
NÃO É SÓ UMA QUESTÃO DE PEDALADAS
Dilma Rousseff está pagando não só por pedaladas, como alguns juristas bem pagos teimam em alegar, mas pelo conjunto da obra: CONIVÊNCIA DESDE QUE ERA PRESIDENTE DO CONSELHO DA PETROBRAS; PERMISSIVIDADE E LENIÊNCIA COM OS COMPANHEIROS DA MÃO GRANDE, INCLUINDO SEU CHEFE E MAIOR ELEITOR E SEUS AMIGOS E PARENTES; INCOMPETÊNCIA, INÉPCIA NA LIDERANÇA POLÍTICA; GESTÃO TEMERÁRIA EM ALGUNS PONTOS, SOBRETUDO NA AGENDA ECONÔMICA...
Resultado de tudo, e por isso deve pagar o preço e até desocupar a moita - um país quebrado, achincalhado, com canalhas de baixo teor ético nos principais postos da instituições republicanas, canalhas que foram incensados pelo líder maior da liga petista e por elA. Pensavam que assim poderiam eternamente negociar tudo, inclusive a impunidade, com os vendilhões.
O país pode pagar um alto preço, sobretudo se cair na malfadada linha de sucessão, da mesma estirpe desprovida de compromisso éticos. Mas, com equilíbrio, o momento importante e grave da democracia brasileira deve ser aproveitado para passar a limpo essa sujeira que se aboletou no poder (em todos).
Agora, cidadãos que querem aparecer como guardiões da democracia e do país, dão conselhos e pedem ponderação, como o senador Tasso Jereissati (PSDB). Na grande maioria, atitudes farisaicas. Muitos desses circunspectos cidadãos (senadores e deputados, sobretudo) tiraram proveito da falta de vergonha do poder para conseguir benesses poderosas, ampliando astronomicamente a riqueza pessoal que detêm.
Outros, blateram por motivos pessoais, incapazes de ver além dos próprios interesses políticos, momentaneamente afetados. Caso do pedetista Ciro Gomes, inimigo do PMDB e pretenso candidato à presidência tão mal dirigida na atualidade. Ciro faz eco a alguns petistas (ocasionalmente fora ou ainda não denunciados PETROLÃO e outros) e jornalistas engajados (ainda existem) ao acusar que o IMPEACHMENT É GOLPE.
Ao contrário, GOLPE contra o Brasil é deixar esse desgoverno aparelhado e prenhe de amigos do alheio público continuar. A agonia será menor, o risco a democracia não existe (a não ser que queiram) e até a economia (o mercado) pode seguir o rumo do resgate, do passar a limpo e atuar com otimismo pelo que virá na saída do fundo do poço.
Eu acredito.