O ano, em seus primeiros passos, não traz alterações no cenário que ficou no encerramento do ano passado. Se algo, ainda que tênue, aparece, vem com sinal negativo, corroendo ainda mais as parcas esperanças dos brasileiros.

O que pode ser dito pela calmaria aparente que resultou da trégua do final de ano é que foi dado ao péssimo governo Dilma Rousseff (PT) um tempo para que ela recebesse aquilo que o vulgo costuma chamar de "visita da saúde" (simulacro de uma melhora, fenômeno de falsas melhoras que às vezes precede a morte do enfermo).

E como nada saiu da cartola governamental, esgotada em seus artifícios, especialmente nos mentirosos, é mais que provável que a disputa encarniçada recomece tão logo sejam reabertos os trabalhos parlamentares.

Da modorra ninguém tirou proveito. Vozes costumeiras foram ouvidas, sem qualquer contribuição. Do PAI Lula da Silva as fadigadas gabolice. "Se tem uma coisa de que me orgulho e que não baixo a cabeça para ninguém e que não tem nesse país uma viva alma mais honesta do que eu". Defendeu os filhos traquinas e ameaçou, a partir de agora, processar tudo mundo. Corro o risco.

Dos próceres opositores se ouviu recados. FHC, exalando brandura, previu recuo no processo de impeachment, mesmo vaticínio que blaterou o senador Tasso Jereissati, ainda que profetizando dificuldades para a petista recompor sua base de apoio parlamentar e sobreviver até 2018. Também para a economia, o comportado tucano (diferente de outros tempos) predisse não acreditar em recuperação nos próximos três anos.

Jereissati, da mesma forma que o ex-presidente Fernando Henrique, abusou do muro quando indagado se votava contra ou a favor do impeachment. "A minha posição é a seguinte: eu acho que, do jeito que as coisas estão, vai ser muito ruim para o país nós passarmos três anos vivendo dessa maneira. Mas, não votaria nunca alguma coisa que eu achasse que feriria as instituições". Entendeu?

Depois de tudo, o que significa tudo isso? Que tudo "está (e será) como dantes no quartel de Abrantes". Logo após o recesso, o clima acirrado não vai demorar a reaparecer. Ataques de um lado, resposta e ameaças do outro. Assim, o país (e a grande maioria do seu povo) vai ao cadafalso.
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Veja os links a seguir, se quiser saber mais sobre os assuntos:

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/01/20/situacao-hoje-esta-mais-dificil-que-na-ditadura-militar-diz-lula.htm

http://amazonasatual.com.br/nao-tem-nesse-pais-uma-viva-alma-mais-honesta-do-que-eu-disse-lula/