E a justiça não deixou, pelo menos por enquanto, que Luís Inácio da Silva, vulgo Lula, tomasse posse como ministro do governo Dilma, que ele ajudou a eleger e reeleger.
O ministro do STF, Gilmar Mendes, suspendeu a nomeação e – mais ruim para o PLANALTO E LULA – manteve as investigações do Lava Jato com o juiz federal Sérgio Moro.
A decisão de Gilmar encerra a guerra de liminares entre Governo e oposição, iniciada na posse de Lula, e atende a ação apresentada pelo PSDB e pelo PPS.
O ministro do STF entendeu que o ex-presidente Lula e a presidente Dilma tiveram intenção de fraudar as investigações, realizadas na operação Lava Jato. No mesmo dia da nomeação de Lula, o juiz Sérgio Moro divulgou o grampo telefônico entre Dilma e Lula, entre outras ligações do petista, tornando claro tal desiderato.
A decisão do ministro chegou como uma ducha gelada no Planalto no momento em que era comemorado o movimento das ruas, realizado pelo governo e PT através de associações, sindicatos e outras entidades como CUT, MST. Mais de 80 entidades, na sua maioria financiada pelo governo, organizaram o evento.
O julgamento no STF era o temor maior de Dilma, sobretudo quando ela soube que a maioria das liminares havia caído nas mãos de Gilmar Mendes. Agora Dilma, Lula e o PT vão ter de esperar o recurso, que cabe, mas tem de ser feito ao pleno do STF (decisão de todos os ministros em sessão).
A primeira sessão do pleno do STF só está prevista para o final do mês (30/março/16). Até lá a INVESTIGAÇÃO PERMANECE COM O JUIZ MORO. Até a data muita coisa pode acontecer e um tempo preciso foi perdido, entendo o governo, na ação para barrar o impeachment de Dilma, que agora só tem nove sessões de prazo para a defesa.
E, para azedar mais ainda o cardápio, o Conselho Federal da OAB decidiu apoiar pedido de impeachment de Dilma. A maior parte das bancadas regionais da OAB votou unanimemente com o relator.