Lembro que ouvi mais de uma vez pessoas reconhecendo a
esperteza do deputado Eduardo Cunha (PMDB) como presidente da Câmara, chegando
a dizer que se ele usasse aquela perícia para o bem seria de um valor
inestimável para o Brasil. Vale a mesma observação para o povo do governo e do
PT. Confesso que nunca vi em tantos anos de batente no jornalismo uma turma tão
preparada para enganar, patrulhar e apropriar-se do bem alheio.
Incompetente para governar, mas de uma astúcia ímpar para
dissimular os malfeitos. Começa pelo mestre maior Luís Inácio da Silva,
apelidado Lula, formado e especializado na escola da malandragem, que ingressou
depois que saiu localidade de Caetés, Garanhuns-PE, com apenas sete anos de idade,
com destino a São Paulo, onde fez sua vida e seus "estudos".
O caso é que, às vezes, esperteza demais leva ao precipício,
porque a verdade, nem que demore muito e que ainda não seja completa, um dia aparece,
mostrando os rastos da mentira. Tais rastos começaram a surgir, mesmo que
difusos, com o MENSALÃO. Ficaram mais nítidos com o PETROLÃO e fixam contornos
bem definidos no caso do patrimônio "alheio" (e como essa turma do
alheio).
O cidadão apodado Lula nunca
viu nada, soube de nada ou teve nada. Foi assim em todas as suas falas
ou depoimentos na PF ou Justiça. Dele não são o apartamento Triplex, muitos
menos é dele o sítio de Atibaia, tampouco o jatinho que ele usa quase sempre
que viaja, imagine a ilha de Angra dos Reis. Não é por falta de dinheiro, pois
tem um filho (Lulinha), mago das finanças, bilionário, e faturou em torno de R$
30 milhões no Instituto Lula e mais R$ 27 milhões na sua empresa pessoal (LILS),
só com palestras, no três anos seguintes depois de passar o governo para Dilma
Rousseff.
E se Lula nada comprou e pagou, o que fez com essa dinheirama que ganhou coma generosa remuneração de suas palestras, já que
não precisa de nada para viver no dia a dia. Como ex-presidente, Lula tem segurança para ele e a família e recebe uma gorda pensão vitalícia de ex-presidente, afora a de metalúrgico e
a da mulher Marisa?
Mais uma vez, no seu terceiro depoimento na Lava Jato, o
ex-presidente Lula negou tudo: não viu nada, não sabe de nada, não fez nada.
Negou que tivesse participado de qualquer ação para atrapalhar as delações ou
investigações da Lava Jato e negou até CONHECER
BEM o senador Delcídio do Amaral, até um dia desses líder do governo no
Senado. Depois do depoimento, dado em sigilo, partiu para zombar da delação premiada
dos ex-executivos da ANDRADE GUTIERREZ, a segunda maior do Brasil - a primeira
é a ODEBRECHT.
- O cofre onde os partidos vão
buscar dinheiro só se torna "podre" quando o PT vai até a ele,
diferentemente do que aconteceria quando é o PSDB. Tucano vai buscar dinheiro
na sacristia, no dízimo.
Eles revelaram que empreiteiras responsáveis pela construção
da Usina Hidrelétrica de Belo Monte combinaram o pagamento de uma propina de R$
150 milhões, 1% do valor que elas iriam obter pelos contratos firmados pela
obra. Dinheiro teria ido para PT e PMDB.
PATRULHAMENTO
E logo em seguido, o grupo do Planalto soltou mais uma de
suas especialidades: o patrulhamento. Pessoal ligado a insana presidente Dilma
Rousseff, que anda irada e esculhambando todo mundo e quebranto tudo no Palácio
do Planalto (não há barbitúrico que resolva), espalha que o cenário político
será mais uma vez embaralhado na próxima semana por causa de novas revelações
da Operação Lava Jato.
Propagam os petistas do governo e fora dele, para conseguir
efeitos anestesiantes, que o juiz Sérgio
Moro, prepara uma ofensiva para atingir o governo na semana em que o
impeachment deve ser votado no plenário da Câmara. Até dão uma dica do que
esperam: prisão de dois nomes que já tiveram bastante proximidade com a
presidente: os ex-ministros da Casa Civil Antonio Palocci e Erenice Guerra.
O expediente é uma canalhice costumeiramente utilizada pelos petistas. Outra
especialidade é se fazer de vítima. Agora, vítima de quem, se eles são o poder?
Pelo calendário estabelecido, o processo deverá ser
apreciado pelo plenário da Câmara no domingo (17/04/16). E a cada dia aumenta o
número de deputados favoráveis ao IMPEACHMENT. É racional. Cada um analisa e
prefere deixar de lado a propina ora oferecida pelo Planalto, entendendo que
nenhuma vantagem traria no passo seguinte: o Brasil continuaria na lama e com a
economia destroçada, sobretudo porque o ano é eleitoral (eleições municipais).