A mim parece assombrosa a forma como os responsáveis pela ruína econômica e moral deste país tentam justificar o comportamento de quem se manifestou favorável ao IMPEDIMENTO da incompetente, perniciosa e dissimulada presidentA Dilma Rousseff.

Aliados mais chegados e mesmo os de última hora justificam os erros e atos deliberadamente criminosos de grande parte dos integrantes do governo e do partido nos atos alheios. Mais ou menos no modelo, tudo bem, eu sou corrupto, mas entre vocês (referindo-se aos acusadores) também há corruptos.

É como se tudo que eles (PT e governo) fizeram e são objetos de investigações -e já algumas condenações- não tivesse importância. Seria suficiente negar ou minimizar os crimes para que tudo seja perdoado ou esquecido, um tipo de atitude que, para usar as palavras da própria presidentA, alvo do IMPEACHEMENT por crime de responsabilidade, ESTARRECE.

Negar, negar e não reconhecer as decisões punitivas institucionais, ao invés de justificar os próprios erros, é o procedimento repetido, comum. Agora, para desqualificar o IMPEACHMENT, Dilma & Cia. negam o crime de responsabilidade e acrescentam que o processo de impeachment, assim, é na verdade uma “eleição indireta”.

Aliados com CID GOMES (PDT-CE) usam o mesmo procedimento, buscando justificativas nas fraquezas ou limites alheios. Preconceituoso, CID classificou a votação como um “espetáculo da mediocridade”, que ficou longe, na fundamentação dos votos, de tocar nos crimes alegados pelo relator.

Ora, ora, o cidadão CID GOMES, ex-governador e ex-ministro da Educação, um oligarca confesso, deveria muito bem saber que a fundamentação personalista dos votantes no IMPEACHMENT reflete fielmente o corte social representativo do povo na Câmara. A homenagem a família e a região em que nasceram é é o aproveitamento da glória efêmera. É o entrevistado de uma rede de TV que faz questão, antes de abordar o tema da entrevista, de mandar um alô para a família.

A atitude provinciana não elimina os crimes. O IMPEACHMENT está, sim, arrimado em prática de crime de responsabilidade, de forma meridiana, reconhecida, inclusive, pelo STF. Negar é natural defesa de todo criminoso. Dá para entender, mas difícil é engolir a defesa preconceituosa de CID GOMES.