Está feito. O IMPEACHMENT da presidentA Dilma, do PT,vai continuar, conforme parecer do relator, senador tucano Antônio Anastasia. O voto pela admissibilidade da denúncia, com a consequente instauração do processo de impeachment, abriu prazo para que a petista responda a acusação, dando início a fase de instrução, em atendimento ao disposto no art. 49 da Lei no 1.079, de 1950.

Anastasia, em seu longo relatório de 126 páginas, rechaça as alegações de GOLPE da defesa da presidentA.

  • É uma afirmação descabida. Pelo contrário, o impeachment é justamente um mecanismo constitucional que previne rupturas institucionais. Nunca se viu golpe com direito a ampla defesa, contraditório, com reuniões às claras, transmitidas ao vivo, com direito à fala por membros de todos os matizes políticos, e com procedimento ditado pela Constituição e pelo STF.


Antonio Anastasia (PSDB-MG), afirma ainda que a linha da defesa da presidente Dilma Rousseff pretende atribuir a ela "um salvo-conduto para que transite pela história como a senhora do bem, que paira além da linha dos anjos".

É o fim e não adiantam mais as rotas retóricas do PT. O que resta e sair bradando que a "a luta continua" e que o novo governo, com a marca de Michel Temer, do PMDB, que serviu como vice-presidente, não vai servir como tampão, é um retrocesso. Alguns lances de Temer realmente não geram entusiasmo, mas é um novo momento e pode abrir espaço para o resgate econômico do Brasil.

A gota d'água que fez o copo transbordar e fazer o PT de Dilma/Lula deixar o Planalto pela porta de trás foi a inclusão do grupo, chefiado por Dilma e Lula, no rol de investigados, conforme o pedido do PGR Rodrigo Janot. Foi o fim do roteiro de mentiras e, pior, desmontado pelo mais petista dos integrantes da esfera do poder federal -o PGR Janot.

O quadro se completa com a inclusão em pauta de julgamento do STF, para 06/05/16, do pedido de afastamento do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Não será o afastamento de Cunha que limpará o caminho da linha de sucessão presidencial. O comando institucional brasileiro continuará tisnado ainda por um período, mas esta é mais rica e importante oportunidade para o Brasil expurgar a corrupção do mundo político para o submundo policial.