O deputado Cunha, acusado de ser o algoz de Dilma...
...caiu primeiro, o que deve ser um consolo para o PT e aliados
Na decisão Zavascki apontou 11 situações que comprovariam o uso do cargo por Cunha para "constranger, intimidar parlamentares, réus, colaboradores, advogados e agentes públicos com o objetivo de embaraçar e retardar investigações.
Com a decisão, Cunha perde o comando da Casa, mas, por enquanto, por seu cautelar e não de mérito, a decisão não faz cessar a prerrogativa de foro privilegiado.
Teoricamente, o acatamento por cautelar não prejudica o julgamento do afastamento de Cunha marcado para o período da tarde (05/05) pelo STF. É um outro caso, uma outra ação (do Rede) e um outro móvel: como réu em caso de corrupção não poderia assumir a presidência da República no caso do impedimento de Temer, após o afastamento de Dilma, que pode acontecer até segunda-feira próxima (09/05).
A área está começando a ficar limpa, mas ainda há sujeira na linha de sucessão.
WALDIR MARANHÃO, VICE DE CUNHA, TAMBÉM NA LAVA JATO
O afastamento de Cunha da Presidência da Câmara traz para a cena outro investigado na Lava Jato: o 1º. vice-presidente da Câmara é o deputado federal Waldir Maranhão (PP), que, como Cunha, também está na lista do procurador geral da República, Rodrigo Janot, como suspeito de envolvimento no esquema bilionário, juntamente com outros expoentes do seu partido, a começar pelo senador piauiense Ciro Nogueira. No caso, até entendimento mais escorreito, Maranhão assumirá o comando da Câmara Federal, pelo menos por um período exíguo.