E agora como fica a valentia da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR)? O marido, ex-ministro de Lula e Dilma, Paulo Bernardo já está preso e ela própria, a senadora, é alvo de outra acusação no STF. Bernardo foi pego na operação (PF), batizada de Custo Brasil, que busca a apuração do pagamento de propina referente a contratos de prestação de serviços de informática no valor de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015.

Os alvos principais são pessoas ligadas a funcionários e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) que se beneficiaram do propinoduto resultante do contrato firmado entre o ministério e a empresa Consist Software para gestão de empréstimos consignados, conforme documentos que foram localizados no escritório de advocacia de Guilherme Gonçalves.

Paulo Bernardo era um dos que tinham mandado de prisão preventiva. Outro mandado está em nome do advogado Guilherme de Salles Gonçalves, que participou da campanha da senadora Gleisi Hoffmann para o Senado, em 2010, e à prefeitura de Curitiba, em 2008. Ele não foi detido porque está no exterior.

Ao todo, a operação tem 65 mandados judiciais em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal. Do total de mandados, 11 são de prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14  de condução coercitiva. Um dos mandados de busca foi cumprido na casa de Bernardo e Gleisi, no bairro Água Verde, em Curitiba. Claro que, em nota, Bernardo disse que a prisão é ilegal e que ele não teve envolvimento em eventuais irregularidades no Planejamento.

Também estão enrolados no caso Planejamento Consist o jornalista Leonardo Attuch, que administra o blog 'Brasil 247', o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, já condenado e preso na Lava Jato. Outro ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, também tem mandado de prisão. Ele é marido da ex-ministra do Desenvolvimento Social no governo Dilma, Tereza Campelo, e próximo ao ex-ministro José Dirceu. Os mesmos gatunos de sempre.