A banda podre da conturbada política brasileira produzir um impasse institucional que só pode ser reparado com a prisão do cangaceiro corrupto que ocupa a presidência do Senado, Renan Calheiros (PMDB) -e não importa se faltavam apenas nove dias para terminar o mandato dele.

Desafiar uma decisão do STF (ministro Marco Aurélio Mello) por cumprir o que diz a Constituição é esticar demais a corda da integridade institucional deste país assustado por meliantes travestidos de políticos. A Mesa Diretora decidiu não cumprir liminar do ministro Marco Aurélio até que o pleno do STF julgue o afastamento do presidente do Senado, parado porque o ministro Dias Toffoli pediu vistas. Agora, deve ser colocado em pauta.

Em tese, a recusa autorizaria o ministro Marco Aurélio - que determinou o afastamento do peemedebista - a determinar a prisão do presidente do Senado. Ele estaria enquadrado no artigo 330 do Código Penal, por desobediência a ordem judicial. A pena para este crime é de 15 dias a seis meses de prisão, além de multa. A lei, nada mais do que a lei deve ser acionada para que o cangaceiro alagoano não fique se jactando com frases idiotas de que a democracia brasileira "não pode acabar assim". Não vai acabar, senhor Renan, pois o Brasil e maior e mais valente que o senhor e sua gangue. A democracia vai passar por mais essa prova.

O dia ainda não terminou e mais surpresas podem acontecer, incluindo a prisão (merecida) do jagunço alagoano.

O ato de resistência da Mesa Diretora do Senado foi assinado até pelo primeiro vice-presidente, senador Jorge Viana, que morre de medo de segurar o cargo. Sabe o rabo que tem e teme também a pressão do seu desesperado partido - o PT. Veja a seguir o que já rola sobre ele nas mídias.