O Governo é morno. Nem é do PT e tampouco do PDT. Tem uma ligação forte com o CLÃ GOMES, quase subserviente. É chegado a uma mordomia, tanto que não dispensa o jatinho alugado em suas viagens (e de amigos). As obras e as intervenções são tocadas a meio pau. Por toda parte se observam obras paralisadas, algumas delas se estragando.

Até mesmo em questões cruciais como a crise econômica e a seca o governo atua mole, sem brilho. Só em uma direção sempre se mostrou expedito: aumento de impostos. Foi mais uma vez o que preferiu fazer o governo do Ceará quando não pode mais resistir à pressão para fazer cortes de gastos: aumentar de 17 para 18% a alíquota do ICMS.

Na passada eleição também atuou pela metade. Fez mais força por seus aliados em alguns municípios. Em outros, nem mandou recado. No Cariri, sua região, o trabalho ficou confiado à primeira dama, Onélia Santana. O resultado foi infeliz. Houve uma prisão em flagrante de Ana Quitéria, assessora da primeira-dama, dois dias antes da eleição (2 de outubro/16). Uma investigação foi iniciada a partir daí e resultou agora no indiciamento pela PF da primeira-dama do Ceará por compra de votos. A denúncia também a inclui em crimes de associação criminosa e ameaça a eleitores.

Onélia teria atuado em favor do candidato a prefeito de Barbalha, Fernando Santana, do PT, também indiciado, juntamente com Ana Quitéria e o porta-voz do governo, jornalista Thiago Cafardo. A primeira dama, não poderia ser diferente, nega tudo e diz ter dedicado os últimos dois anos de sua vida aos projetos sociais. E agora?