Eike Batista já está na cadeia. Desmoronou, afinal, o castelo montado por ele e Lula, de um mundo maravilhoso, de muita riqueza (deles) e pleno de Bolsa Família, para o povão eleitor. A derrocada do Brasil e do mágico empresário ocorreu em menos de cinco anos: do pódio de sétimo homem mais rico do mundo, conforme a revista Forbes, à cela simples do complexo presidiário do Bangu (9) -o empresário não tem diploma universitário e, por isso, deve aguardar julgamento em uma cela comum.

Uma ponta da fantasia para disfarçar a roubalheira está cortada e na cadeia, com queda dos grupos "X" e Odebrechet. Falta a outra, a que estimulou e foi o líder de tudo. O chefão já é réu de alguns processos, mas ainda está falando muito e ameaçando os responsáveis pela investigação -juiz federal Sérgio Moro, procuradores e policias federais.

Eike Batista se entregou, ao desembarcar no Rio de Janeiro, procedente de Nova Iorque. Saiu da primeira classe do avião que o trouxe (American Airlines), sua ultima vivência com o luxo que o dinheiro pode comprar para uma cela pequena, com mais alguns presos, tendo como latrina apenas um buraco no chão.

Nas declarações antes de ser preso deixou entender que vai falar tudo e ajudar a justiça. Batista caiu no lance das facilidades acenadas pelos donos do poder no caso do petróleo. A sua OGX não conseguiu extrair um litro de óleo. Comprou facilidades com uma gorda propina e acabou no buraco das dívidas. Ale sempre o axioma: a desgraça do protegido, muitas vezes, é o protetor.