Já sabíamos do "Falso", agora aparece também o "Índio". Significa que adversários beberam na mesma fonte: a propina. Os dois são cearenses e foram citados na delação premiada do pessoal da ODEBRECHET. O "Falso" é o ex-governador CID GOMES (PDT) e o "Índio" é o senador EUNÍCIO OLIVEIRA (PMDB), eleito recentemente presidente do Senado, com apoio até do PT. Um cínico gozador o cara da ODEBRECHET que colocava codinomes nos políticos cearenses que pediam propina. Demonstrava desprezo.
Agora que o foco começa a abrir e a incluir novos nomes nas investigações, como é prova a OPERAÇÃO SATÉLITES (21/03/17), em que aparece como um dos alvos o empresário Ricardo Lopes Augusto, sobrinho do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), administrador da Confederal, empresa do senador. Lopes foi citado na delação do executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho como operador de propinas a Eunício. O delator disse ter pago suborno a Eunício, em duas parcelas de R$ 1 milhão cada, entre outubro de 2013 e janeiro de 2014. O valor seria contrapartida à aprovação da medida provisória 613, que tratava de incentivos tributários.
A Confederal é uma das empresas controlada pelo grupo Remmo Participações e recebeu R$ 164 milhões por contratos firmados com o governo federal entre 2010 e 2014. É prestígio sobrando. Em sua prestação de contas à Justiça Eleitoral em 2014, o senador disse controlar 99,99% das ações do grupo.
O homem faz questão de dizem que é muito rico!