Dizia o pecador que pecava porque a carne é fraca. Um grupo
de fiscais federais da área de alimentos recebeu propina porque a carne é
fraca. E os donos dos frigoríficos que corromperam os fiscais federais o
fizeram porque querem(iam) passar carne fraca. O Brasil está pagando o preço de
abrigar um corja que não sabe viver sem corromper e enganar.
É o preço PT/Lula. Não que eles tenham inventado a
corrupção, esta velha senhora que está aí há muito tempo, segundo quem a
conhece muito bem, a ex-presidenta Dilma Roussef. Eles apenas a tornaram um
estilo compensatório de vida, uma espécie de vingança contra a burguesia que
estudara e tinha diploma universitário. Algo meio 'robinwoodiano'. Lembra da
frase "Meu primeiro diploma foi de presidente da República". Daí
decorre(u) tudo.
O preço da carne
sempre foi alto. E não só da carne animal, mas da outra também, como prova o
romance "A carne", do
naturalista de Júlio Ribeiro, que mexeu com a sociedade farisaica do final do
século XVIII (1888)[1].
Claro que a carne
animal não vai precisar ser censurada e vendida no câmbio negro, como a outra
(a do livro). Mas é necessário que os ladinos vendedores de carne para o
mercado local e internacional (e o Brasil é o maior exportador mundial) sejam
punidos (uma minoria, parece) e impedidos de voltar a delinquir.
Agora, eles
estão pagando o preço, mas é o país quem paga o preço maior. Pelo tamanho e a
força do setor, não precisava. Não
precisava.
[1] Júlio Ribeiro choca a sociedade com a obra “A CARNE”. Romance naturalista que abordou temas até então ignorados pela literatura da época e hoje tão naturais: o amor livre, o divórcio e a mulher inserida na sociedade em um novo papel. Um escândalo para as famílias tradicionais que, àquela época, proibiram suas jovens até de ler a obra. Mais que um mero escândalo sexual, o romance foi um dos livros mais discutidos e populares do país. Era, a um só tempo, desdenhado, criticado e ambicionado. A obra então foi ganhando popularidade e até mesmo aqueles que a repudiavam liam as escondidas.