Metade e mais um porquinho do mundo político importante do Brasil está agora oficialmente com pedido, encaminhado ao STF, de abertura de investigação. É bom atentar, como lembra um dos integrantes da lista, o senador cearense Eunício Oliveira, do PMDB, presidente do Senado, que é apenas um pedido INVESTIGAÇÃO, não uma acusação formal ou um pedido de que o acusado seja transformado em réu. São 320 pedidos gerais e 83 pedidos de abertura de inquérito feitos pelo procurador Rodrigo Janot ao ministro Edson Fachin. As acusações são: corrupção ativa, corrupção passiva, formação de cartel, lavagem de dinheiro, fraude a licitação e artigo 350 do Código Eleitoral, prestar informação falsa a justiça eleitoral.
Todos os nomes da relação de Janot ainda não foram revelados, mas já vazaram os seguintes:
Aloysio Nunes (PSDB-SP), ministro de Relações Exteriores
Eliseu Padilha (PMDB-RS), ministro da Casa Civil
Moreira Franco (PMDB-RJ), ministro da Secretaria de Governo
Gilberto Kassab (PSD-SP), ministro de Ciência e Tecnologia
Bruno Araújo (PSDB-PE), ministro das Cidades
Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara
Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado
Edison Lobão (PMDB-MA), senador
José Serra (PSDB-SP), senador
Aécio Neves (PSDB-MG), senador
Romero Jucá (PMDB-RR), senador
Renan Calheiros (PMDB-AL), senador
Para a primeira instância da Justiça, os pedidos de inquérito são para os ex-presidentes
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Dilma Rousseff (PT)
E para os ex-ministros
Antonio Palocci (PT)
Guido Mantega (PT)
Também foram solicitados 211 declínios de competência para outras instâncias da Justiça, nos casos que envolvem pessoas sem prerrogativa de foro, além de 7 arquivamentos e 19 outras providências. Rodrigo Janot pediu ao relator do caso no STF, ministro Edson Fachin, a retirada do sigilo desse material considerando a necessidade de promover transparência e garantir o interesse público.
O relator da Operação Lava Jato no Supremo, o ministro Edson Fachin, vai decidir se aceita os pedidos para abrir os inquéritos e se manterá os casos sob sigilo. Não há prazo para Fachin tomar uma decisão.
Rodrigo Janot, no argumento que encaminha os pedidos, disse que lamentavelmente a democracia está sob ataque e que o Brasil tem uma oportunidade ímpar de depuração do sistema político nacional.
Veja matéria do JN no http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/