Tinha prometido a mim mesmo que não mais escreveria sobre Lula da Silva aqui neste espaço. E por que não? Simples: desde o princípio considerei o dito cidadão um infrene milhafre, dado a pataratas e tafulices, como o qualificaria o insigne escritor Eça de Queirós. O tempo me deu razão. Passados mais de 30 anos, desde sua atuação congressual, apesar do seu fugaz sucesso, muito mais agregado pela herança recebida e pelo comportamento internacional, nunca mudei de ideia e de veredito. Agora está aí a comprovação. Não mais uma suspeita ou uma opinião. Lula da Silva é réu em cinco ações penais, três pela Operação Lava Jato, uma pela Operação Janus e uma pela Operação Zelotes, além de alvo em outros inquéritos.

Mas um pimpão contumaz como Lula da Silva não poderia cerrar a boca. Faz parte do seu show. A despeito de depoimentos como réu, o ex-presidente, que poderia ter levado o Brasil ao primeiro mundo, mas acabou por quebrá-lo, não parou a matraca maldita. Criticou as reformas do governo Temer e ameaçou a sociedade ao avisar que vai viajar pelo País para alertar os cidadãos.

Lula falou, é claro, sobre os "benefícios sociais" que os trabalhadores irão perder caso sejam aprovadas as reformas trabalhista e da Previdência. Para Lula, a aposentadoria rural foi uma conquista extraordinária, mas é vista como um "gasto" pelo governo atual, assim como programas como Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida. No fim, vaticina: "Essa gente que ocupa cargos do governo não conhece o valor de um salário mínimo para um trabalhador rural”.

Mentiroso e embusteiro, pois foi o principal estimulador da propina que é apurada pela operação Lava Jato e, portanto, não tem moral para fazer tal afirmação. Óbvio que no primeiro depoimento que prestou como réu o escovado Lula da Silva NEGOU TUDO, colocando toda a culpa na compra do silêncio de Nestor Cerveró no ex-senador Delcídio do Amaral, que era líder do governo petista.