Jacó Barata foi preso já no aeroporto. Ia viajar a Portugal
Esse mundo surreal da política está empurrando ao limite todos os seres normais deste país. Cacete! É demais! As instituições chegaram ao fim da falta de credibilidade, da desfaçatez. É um conluiou institucional para desrespeitar o país e seu povo. Há anos convivemos com a roubalheira, primeiro foi o MENSALÃO, agora é a LAVA JATO e mais um miríade de operações de igual sentido e teor. A última, envolvendo o setor de transporte público, que é concessão e como tal não poderia fazer "doação para campanha" ou dar propina (mesma coisa, nesse caso). Foi preso no Rio o mega empresário Jacó Barata, que têm quase todos os ônibus do Brasil, incluindo o Ceará. Já levantaram mais de R$ 400 milhões em propina (só lá na Rio?). Quer saber tudo da terra alencarina, pergunte ao Sindiônibus ou ao empresário do setor, Chiquinho Feitosa.
Agora, somos obrigados a ver o Congresso Nacional a ter um presidiário, o deputado Celso Jacob, como um dos seus integrantes. De dia, ele está na Câmara Federal, votando leis e projetos e, depois das 18 horas, é obrigado a se recolher à sua cela no presídio da Papuda, em Brasília. O herói de dois mundos, Celso Jacob, que fraudou licitação para roubar dinheiro público, é do mesmo PMDB do senador Renan Calheiros, do ex-presidente José Sarney, do ex-deputado Eduardo Cunha, do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, do ex-presidente da Transpetro Sergio Machado e do presidente Michel Temer. Todos eram aliados (e governo) do PT, que tem outra carrada de acusados e presos, incluindo o ex-presidente Lula. O motivo, a acusação é a mesma (se apropriar o dinheiro público).
Celso Jacob, deputado presidiário, vai votar contra a favor de Temer?
Rodrigo Maia se preserva para o caso de assumir a vaga de Temer
AFASTAMENTO DISCRETO
E TRABALHO MAIS AINDA
É essa mesma Câmara Federal, com um presidiário votando (Celso Jacob), que irá julgar a admissibilidade da denúncia do Procuradoria Geral contra o presidente Michel Temer (em suma, a mesma acusação). Jacob ficará contra a favor de Temer? Dele não há pista, mas do presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia, do DEM e com duas acusações semelhantes, já se sabe que há um rumo inconfesso. Ele não fala muito, a não ser que será um árbitro imparcial, mas, como o cargo de presidente pode cair no colo dele, já não faz foto, procurar não conversar e faz discretas articulações, que disfarça em orientação de trâmite. Todos sabem que se a Câmara autorizar a abertura de processo no Supremo Tribunal Federal (STF) e o plenário da Corte aceitar a denúncia. Temer seria, então, afastado do posto. E, nesse caso, Maia assume a Presidência.