Lamentável, porque insegura e medrosa, a condução que faz o senador Tasso Jereissati do seu PSDB, como presidente interino. Pior ainda foi quando ele tomou os microfones da imprensa para anunciar que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do DEM, seria um bom nome para a transição, caso o presidente Michel Temer, do PMDB, seja afastado, decisão que será tomada pelo plenário da Câmara Federal, sob a batuta de Maia. Os ratos e os canalhas são os primeiros a abandonar o navio quando ele faz água. A prova foi a defesa que o senador Renan Calheiros, também do PMDB, fez de Rodrigo Maia: "O governo Temer já foi; Rodrigo pode ser uma saída". 


Calheiros vem fazendo uma oposição sistemática ao presidente, mesmo sendo do mesmo partido e tendo se fartado da mesa dele, nos últimos seis anos. Não é novidade, pois o senador alagoano é um serviçal de governo desde a era Collor, e sempre se aproveitou muito bem de todos, fazendo patrimônio e desenvolvendo uma esfera de poder forte. Tem conseguido se reeleger e recentemente fez a eleição do filho, Renan, ao governo de Alagoas (2014). Renan Calheiros atua como se nada tivesse com tudo isso que castiga o Brasil. Responde a 11 processos por corrupção no STF. Era o principal chefe da gangue que assaltou a Transpetro, subsidiária da Petrobras, com o correligionário Sergio Machado, preso depois de fazer a delação em que entregou o chefe.

É MUITO DIFÍCIL QUE TEMER CONSIGA BARRAR A DENÚNCIA CONTRA ELE NA CÂMARA FEDERAL. JÁ TEM CONTRA O PSDB, MESMO VACILANTE EM SAIR DA ESTRAÇALHADA BASE DE TEMER, E A MAIORIA DO PRÓPRIO PMDB, AFORA O TRABALHO ESCONSO DE RODRIGO MAIA NOS BASTIDORES. ATÉ O MINISTRO DA FAZENDA, HENRIQUE MEIRELES, JÁ FALA QUE PRECISA DE MAIS LIBERDADE, COMO UM RECADO A MAIA.