As vezes tenho ímpeto de não mais escrever minhas despretensiosas opiniões neste espaço mal visitado. Quando vejo impunes desafios aos poderes, principalmente ao Judiciário, de pessoas sem qualificação como alguns petistas e emedebistas ou outros menos votados sinto ferver o sangue. Veja se penduricalhos de forca (se no Brasil tivesse tal pena de morte como à época de Tiradentes) podem fazer reptos como faz a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, processada por roubo do dinheiro público. De uma só lapada ela abre a boca e lança duas provocações: "a prisão de Lula 'não vai ser aceita com normalidade. Os responsáveis por uma detenção do petista vão pagar o preço". Depois, dirigindo-se ao Supremo, ameaçou os ministros do STF ao advertir que a "sociedade toda está olhando para o Supremo, não é só o Lula".

Seguiu soltando o seu leque de ameaças. Avisou aos parceiros do PSOL, do PCdoB e até a Ciro Gomes, do PDT que entendia o lançamento da candidatura deles, mas salientou que esses partidos têm de entender que as eleições de 2018 não serão uma disputa "com normalidade". Acrescentou que defender o direito de Lula ser candidato "é defender a democracia. Deixar prender Lula é aprisionar o povo brasileiro". Só não falou da denúncia do STF contra ela e o marido Paulo Bernardo por corrupção (roubo do dinheiro público).