Essa é a doutrina que o PT, via universidades federais, quer passar ao povo

A Universidade Federal do Ceará (UFC) dá primeira aula do curso "golpe de 2016", que inclui críticas ao juiz federal Sérgio Moro, ao presidente Michel Temer e a intervenções no estados. A primeira aula (08/03/18) do curso lotou o auditório a História, no Centro de Humanidades II da UFC. O professor Newton Albuquerque, do curso de Direito da UFC e um dos 27 juristas que assinam livro criticando condenação do ex-presidente Lula (PT) por Moro, começa dizendo que "o golpe, que começou com o Judiciário no centro, agora vai se desdobrando e já transita para o militarismo (refere-se, por certo, à intervenção na segurança do Rio de Janeiro)". Ele defende e deve acreditar, certamente, na tese de que o impeachment de Dilma Rousseff (PT) foi, sim, um golpe de Estado.

Claro que as pessoas têm o direito de ter a opinião que quiserem, mas o uso da máquina pública para difundir as ideias que postulam é errado. O pior é que o que houve no Ceará (UFC) deve fazer parte de um plano nacional contra este Brasil combalido, porquanto são NOVE AS UNIVERSIDADES que podem ter o 'curso contra golpe de 2016'. A previsão é que o curso terá 64 horas de duração com 16 encontros, sempre das 18 às 22 horas das quintas-feiras, até junho.

O governo, que banca com o dinheiro público as universidades federais, vai reagir. Após o anúncio da disciplina na UnB, o Ministério da Educação anunciou que iria acionar a Advocacia-Geral da União (AGU), o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF) para que investiguem "improbidade administrativa" cometida ao ministrar a disciplina. Afirma o ministro Mendonça Filho que é injustificável que uma instituição respeitada e importante adote "uma prática de apropriação do bem público para promoção de pensamentos político-partidários".