Mais uma mancada da Globo. É o que dá fazer um jornalismo vergonhoso, desrespeitoso, engajado e ufano. Os pedidos de desculpas estão constantemente presentes na programação da TV, que é concessão. Algo está muito errado e a arrogância dos milionários da empresa, que sempre mamaram nas tetas do poder público, não deixa enxergar, não abre espaço para a humildade.

O caso do Drauzio Varella, que nem é médico que preste e tampouco repórter, não tem desculpa. E dizer que não sabia quem era a trans presa é mentira. Escolher entrevistados em presídios e não investigá-los é inverossímil. A Globo apostou que as pessoas calassem ou que culpassem o poder público.

Agora, com a enxurrada de protestos contra, o jeito foi pedir desculpas. O abraço emocionado de Drauzio no criminoso seria o ato culminante da encenação. Efeito contrário. E perceba a argumentação torta que usou a Globo e depois o senhor Varella. (Globo, na voz de Bonner): “...a trans, Suzy, não foi presa por roubo, nem furto; ela cumpre prisão por assassinato e estupro de um menino". O crime é o crime. (Varella): “...entrei na cadeia como médico (pensei que tinha sido como repórter) e não como juiz”. Pura lorota! Na verdade, ele foi encenar uma comédia que deu efeito contrário ao que esperavam seus atores e produtores.


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