Fácil entender a razão de a mídia, capitaneada pelo Globo, insistir tanto em transformar determinados defuntos em deuses, empurrando a deificação na cara das pessoas, que têm dúvidas e até questionavam muitas das atitudes dos extintos. São meses de mídia enjoada e repetitiva, de filmes, de documentários e de abordagens “jornalísticas” com depoimentos questionáveis. Não faltam também as homenagens apressadas. Da noite para o dia, os mortos ganham nomes de ruas, de avenidas, de praças ou de teatros.

Por que uns e outros não? Tanto por Marielle Franco, Paulo Gustavo... E tão pouco por Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, sequestrado, torturado e morto a tiros. Pela juíza linha dura, Patrícia Acioli, assassinada com 21 tiros, provavelmente por milicianos. Ficou em um mero registro as mortes (igualmente por Covid) de artistas consagrados como Nicete Bruno, Eduardo Galvão, cantores Genival Lacerda, Agnaldo Timóteo... A
cho uma agressão proposital a setores conservadores da sociedade.