O governo quer todos na enlameada vala da corrupção. É bem o reconhecimento de que se "eu sou ladrão vocês também são". Só podia ser um plano urdido pelo grupo mais licencioso do PT (Lula & Cia.), a ser executado no Congresso pelos desqualificados senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL). A CPI JUMBO DA CORRUPÇÃO, que depende agora de votação no Senado e de decisão da ministra do STF, Rosa Weber, não chegará a qualquer conclusão plausível se vier composta, integrando todas as mazelas. Só terá sentido, e quem sabe, talvez possa chegar a um fim, se for instalada com o objetivo de apurar uma denúncia de cada vez. Colocar tudo em uma vala comum só vai disfarçar alguns detalhes mais comprometedores e, pior, nunca terá uma conclusão pelo vasto universo que abriga. O grupo mais numeroso, o governista, é claro, leva vantagem no intento de encobrir a roubalheira.
Mais grave de tudo é que o presidente do Senado, Renan Calheiros, de conduta ética reprovável, está sendo denunciado por rechaçar a pretensão da CPI da Petrobras, como quer a oposição, através de fraude. Magda Brossard, filha do ex-ministro do STF, Paulo Brossard, delatou que Renan Calheiros, presidente do Senado, havia falsificado um parecer de seu pai, da década de 90, para embasar o engavetamento da CPI da Petrobras, conforme proposta da Oposição. Agora é o próprio Brossard quem confirma a fraude vergonhosa montada por Calheiros. É inegável que o senador alagoano fraudou um trecho do acórdão do habeas corpus 71.039-5 — de que foi relator o então ministro Paulo Brossard — que trata justamente da natureza da CPI, de sua abrangência e da inclusão de temas que não estão no requerimento original.
Veja o documento que ele elaborou para fundamentar sua fraude e compare com o texto de Paulo Brossard:
Texto apresentado por Renan