O prazo é terminal: os partidos só têm até segunda-feira (30/06/14), meia-noite, para definir seus candidatos. O PMDB já fechou sua chapa e o clã Gomes está fechando agora a sua chapa; CAMILO SANTANA, DO PT CIDISTA, É O CANDIDATO. A decisão parece surpreender, mas o fato é que havia sido cogitada há alguns dias, caso não houvesse outro remédio para barrar a candidatura de José Guimarães (PT) para o Senado, calo do clã Gomes e responsável maior pelos desmaios do governador. O positivo efeito colateral é que um candidato petista atrairia para o palanque governista a presidenciável Dilma e seu tutor, Lula da Silva.

Está feita a escolha, mas nem tudo é flor. Há efeitos colaterais negativos. Pode ser o fim da aliança de Moroni com o clã Gomes, que veio em lua de mel até agora. Não que Moroni tenha esses votos todos, mas ele é um ícone da segurança, um fracasso confessado do governo do Ceará. De sobra, a escolha do petista – envolvido no caso dos banheiros do interior (envolveu também o conselheiro do TCE, Teodorico Menezes e seu filho Téo Menezes – joga o candidato do PMDB, até então simpatizante de Dilma, a quem serve e serviu, nos braços tucanos de Aécio Neves.


No final das negociações, o candidato peemedebista fechou um grupo que lhe dá um tempo de TV e de rádio parelho com o tempo do PROS e seus 23 partidos. A diferença, entre 1 a 2 minutos, nada significa. Somou, agregando à sua candidatura alternativa do poder (situação), o tempo da oposição – PMDB, PSDB, PR, PPS e DEM. Junto o tempo desses partidos ao tempo comum, ficará com algo em torno de nove minutos. Outro adjutório que recebe o peemedebista é que já tem em seu palanque o vereador capitão Wagner (PR), que teria sido chamado para ser secretário de segurança (gerou uma bate-boca com Ciro Gomes), pode receber também Moroni Torgan (DEM), ícone mais identificado no combate à violência. Oliveira, que teve sucesso vendendo segurança privada, não teria como compor um convincente plano de combate à violência; agora tem.

No resumo da lona ópera, ganham os dois: PMDB pode ganhar um reforço no discurso da segurança e o clã Gomes (PT cidista e PROS) se livra do “cuecão” e pode ter um palanque com mais estrelas.

FICAM ASSIM AS DUAS CHAPAS

CAMILO SANTANA (DEPUTADO ESTADUAL PELO PT) – CANDIDATO A GOVERNADOR
ZEZINHO ALBUQUERQUE (DEPUTADO ESTADUAL DO PROS) – CANDIDATO A VICE
LEONIDAS CRISTINO (EX-MINISTRO E EX-PREFEITO DE SOBRAL) – CONCORRE AO SENADO
PALANQUE PODE TER A PRESENÇA DE DILMA E DE LULA DA SILVA

EUNÍCIO OLIVEIRA (SENADOR PELO PMDB-CE) – CANDIDATO A GOVERNADOR
ROBERTO PESSOA (EX-PREFEITO DE MARACANAÚ PELO PR) – É O VICE
TASSO JEREISSATI (EX-SENADOR PELO PSDB) – É CANDIDATO A SENADOR

O PALANQUE COMUM A TODOS É O DO TUCANO AÉCIO NEVES