Pesquisas nacionais e locais projetam um cenário embolado de uma eleição que só irá se decidir mesmo no segundo turno. O Ibope mostra que Dilma (PT) teria hoje 38% das intenções de voto para presidente da República. Em seguida, aparecem o senador Aécio Neves (PSDB), com 22%, e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), com 8%. Os outros candidatos juntos somam 7%, deixando o segundo turno na dependência de apenas 1 ponto percentual.
Na pesquisa do Ceará, o Ibope apresentou o senador Eunício Oliveira (PMDB) em primeiro lugar, com 44%, de intenção de votos para o governo do Ceará. Camilo Santana (PT) aparece em segundo, com 14%, seguido por Eliane Novais (PSB), com 6%, e Ailton Lopes (PSOL), com 3%.
Para o Senado, Tasso Jereissati segura a maior vantagem, com 58% de intenção de voto, seguido por Mauro Filho (PROS), com 14%, Raquel Dias (PSTU), com 5% e Geovana Cartaxo (PSB), com 2%.
Sem levar em conta outros dados da pesquisa, como rejeição ou certeza de voto – ainda muito cedo para ser mais que somente um indicativo –, em que pese a superioridade, o candidato Eunício Oliveira não deve comemorar tal vantagem, porquanto sem base sólida e dependente de diversas variantes. O próprio candidato peemedebista, com comportamento dúbio, aparece como uma variante importante. Sua atitude de ora cantar, ora assoviar faz aumentar a rejeição a ele e o distancia da influencia, que lhe poderia ser benéfica, de Tasso, com mais intenções de voto do que ele, e de Aécio Neves, uma vez que Dilma e Lula vão colar na chapa adversária (um filme que vimos em passado recente). Eunício sonha em votar e ter o apoio de Dilma Rousseff e de Lula, mas acende uma vela ao tucano Aécio Neves, sobretudo na presença do candidato a senador, Tasso Jereissati, uma indecisão que lhe será fatal eleitoralmente. Já o candidato do PT do clã Gomes, Camilo Santana, apesar do mal olor de banheiros que exala, pode tirar proveito de algum desconhecimento e da postura mais decidida, surfando sob à batuta do clã Gomes. O resultado apresentado tem pouco importância. Os números serão bem diferentes em 15 agosto de 2014 e seguirão mudando até final de setembro.
Já o resultado nacional deixa claro que haverá segundo turno. Dilma Rousseff (PT), mesmo com Lula da Silva a tiracolo, não deverá ter uma melhora substancial nas intenções de voto. E claro está que tanto Aécio Neves (PSDB) como Eduardo Campos (PSB) não chegaram ainda à possibilidade maior de suas caixas de votos. No momento, enxergo Aécio com maior capacidade de crescimento. Algo entre Marina e Campos fez trepidar a marcha de subida deles. O patinar de Rousseff sobre a mesma e demarcada trilha fez até ressurgir gritos de “volta Lula”, o que lhe é fatal, e cruel.