Os dois principais candidatos ao governo do Ceará (digo dois principais porque são os de maior estrutura, dinheiro, tempo de TV e preferência eleitoral) estão equilibrados em quase tudo. Na tamanho da estrutura partidária, na grana e até na mídia eletrônica, em que pese uma vantagem de pouco mais de 2 minutos para o candidato do PT do clã. Só foge do equilibro na intenção de voto. Na última pesquisa, Eunício tem 47% contra 19 de Camilo. Também é bem diferente, embora a pesquisa não mostre (não sei se foi levantado) a índice de conhecimento dos dois candidatos. Eunício conquistou três mandatos de deputado federal, foi eleito senador a menos de quatro anos e está, portanto, fresco na mídia. Camilo Santana perdeu duas vezes para prefeito de Barbalha e foi eleito deputado pela primeira vez em 2010, mesmo eleição em que Cid Gomes renovou seu mandato. Teve pouco exposição no Ceará e, por isso, um conhecimento baixo. Nesse ponto, a TV resolver e faz subir logo o conhecimento, o que implica, se a propaganda foi bem feita, em uma ganho da preferência do eleitorado.
Evidente que a candidata do PSB, Eliane Novais, que deu uma rasteira em Nicole Barbosa, tirando-a, mesmo que melhor candidata, da disputa, também tem pouco conhecimento e pouca estrada, mas lhe faltam outros atributos importantes, como estrutura partidária, tempo de TV e grana. Mesmo caso do candidato do Psol, Ailton Lopes. No caso do candidato do clã, dá para se esperar uma disputa apertada. A aposta na TV, sobretudo, com uma prestação de contas do governo Cid Gomes, tentando colar o crédito no candidato Camilo, vai funcionar, mas não é tudo. O desempenho do candidato também é muito importante. É uma corrida desesperada contra o tempo. Já quanto aos dois menores, só milagre. Mesmo a morte do candidato Eduardo Campos não será suficiente para colocar Eliane Novais no páreo. Com Nicole, talvez fosse.