Os últimos dias desta campanha fria e sem boas ideias (nos níveis federal e estadual) têm sido ocupados por intensos boatos e comentários de especialistas e cientistas políticos sobre quem sobe, quem cai e quem estaciona. Números falsos de pesquisas não faltam. O alvo preferencial dos comentários é a presidenciável do PSB, Marina Silva, que, pensei não fosse tão odiada pelos facciosos petistas, temerosos de serem apartados das tetas do Brasil. Mas, como estamos na província Ceará, também não faltam comentários e boatos sobre o desempenho dos governamentáveis, sobretudo Camilo Santana (PT do clã Gomes), e, claro, também da candidata Eliane, por ter a puxá-la a forte grua chamada Marina.
Entre os presidenciáveis quase todos os palpiteiros apostam que Marina segura o atual patamar e até ultrapassa Dilma Rousseff (PT). Mas há quem diga que Marina tende a uma acomodação, porque se esgota a comoção (Eduardo Campos). Não vou no palpite, mas sim na observação do desempenho de Marina, que tem sido o único novador, como a proposta que queima a reeleição. Marina, já disse em comentário anterior, não só vai se sustentar (notadamente se perder de argumentar seu passado doméstico) como pode ganhar mais alguns pontos e até ultrapassar Dilma, que passaria a disputar com Aécio a segunda vaga do primeiro turno. Ademais, Marina parece muito com o PT e a única que não representa qualquer ameaça aos programas sociais que o PT pensa que é dono.
No âmbito do Ceará, quase todos os boatos, pois quase não existem comentários de especialistas e cientistas políticos, dão conta do fraco desempenho do petista do clã Gomes, Camilo Santana e de uma acomodação na campanha do peemedebista, Eunício Oliveira, que estaria pensando em mudar o foco. Como não pode todo mundo perder, seria a candidata Eliane Novais (PSB) quem, içada por Marina, daria sinal de vida, aproximando-se de Camilo Santana. No caso cearense, sem pretender ser dono da verdade, disse aqui, reiteradas vezes, que as campanhas de Camilo e de Eunício estão erradas na forma e no conteúdo. Nenhuma tem clareza de objetivos e força para agregar atributos. Nesse caminho, é Camilo, por ser o que mais precisa agregar atributos, quem perde mais. Eliane, que não tinha campanha – e ainda não tem -, é arrastada pelo vórtice de Marina, mas é uma forte ventania, que, para ela (Eliane) tem curta duração. A diferença de perfil, a empatia e o comportamento são freios potentes. O içamento é possível, mas deve guarda uma mínima identidade.