Aos de pés de Cristo, Lula Morais conversa com colegas deputados
Quem tem... tem medo, a forma elíptica de conhecido dito popular baixou entre um grupo de deputados estaduais cearenses que fizeram denúncias sobre a compra de votos na disputa eleitoral no Ceará. Eles disseram que a compra de voto está escancarada e que tem alguém usando o dinheiro que foi roubado do Banco Central. Denúncia gravíssima. Mas a coragem da denúncia fugiu quando chegaram os integrantes do Ministério Público para pegar detalhes da denúncia.
Os deputados agora, com o rabinho entre as pernas, estão querendo voltar atrás, explicando que apenas refletiram a Boataria das ruas. A mais grave acusação foi feita pelo deputado Lula Morais (PCdoB), que apontou que candidato a deputado federal estava utilizando dinheiro do assalto ao Banco Central, em Fortaleza, para financiar a campanha. Lula foi até advertido por alguns colegas deputados sobre a gravidade da denúncia que fazia. No momento, manteve o que disse, que, agora, não segura.
O deputado federal Chico Lopes (PCdoB) e os deputados estaduais Ely Aguiar (PSDC), Fernando Hugo (SD), Lula Morais (PCdoB) serão notificados pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que quer - e tem o dever de - apurar as denúncias feitas durante a última sessão ordinária na Assembleia Legislativa, no dia 26/08/14 (terça-feira). O federal Chico Lopes, que disputa reeleição, fez a denúncia sem citar nomes, apenas relatando que no Interior do Estado está havendo "uma confusão muito grande" sobre compra de votos. Mas "não citei nomes, não acusei ninguém, até porque não tenho provas e não sou 'dedo duro". Não é isso deputado, o escritor Victor Hugo dizia precisamente que “quem poupa o lobo, sacrifica a ovelha”. Quem sabe e não denuncia é omisso e conivente, não dedo duro.
A compra de votos existe e é um acinte à lei e às autoridades impotentes. A denúncia dos deputados deveria ser levada a serio, mesmo que eles não tenham provas, pois sabemos, desde o mensalão, que dinheiro vivo não deixa rasto. Existe candidato que ainda zomba, sem qualquer resquício de humildade, que está em 20 ou 30 municípios e que de lá virá com 100 ou 150 mil votos, sem precisar ir lá, enquanto ocupa espaço na TV para falar e rodar jingle de proposta que nunca irá cumprir, porque “comprou e pagou o mandato” e não precisará trabalhar por quem o escolheu como representante, como a democracia representativa.