Paulo Guimarães já prestou depoimento (20/0814)
Será que virou moda fazer matéria-denúncia grande, até manchete de página, mas não colocar o nome dos acusados? Que tipo de jornalismo é esse? No jornal O Povo (21/08/14) vi matéria denunciando o Grupo Meio Norte, de Teresina-PI, de propriedade do empresário Paulo Guimarães. A matéria de O Povo não dá o nome do empresário, que é um velho conhecido das páginas de jornais. Há alguns anos, ele invadiu o Nordeste e até alguns estados do Norte e Sudeste com a loteria "PoupaGanha", vetado, depois, pela Receita Federal. Dizia-se à época que ele era sócio do empresário maranhense Fernando Sarney.
Com a proibição do "PoupaGanha", que aqui (em Fortaleza) ia ao ar na TV Jangadeiro, Guimarães saiu de cena, depois de fortalecer o grupo, em Teresina (Shopping, jornal, rádio e TV Meio Norte) com algumas concessionárias (venda) de carros novos, empreendimentos imobiliários e faculdade etc.). Também era dono de uma distribuidora de medicamentos, com sede em Timon-MA, do outro lado do Rio Poty, que corta Teresina. Em uma das cargas de medicamentos, que tinha como destino Fortaleza, o avião Brasília (PT-WKH) caiu nas proximidades do aeroporto (Vila Betânia) de Fortaleza, matando três pessoas. Depois de alguns anos, a distribuidora foi vendida para o grupo "Pay Less" (Pague Menos) de Deusmar Queirós. Em Teresina, dizem que hoje Paulo Guimarães vive no exterior (Miami)
Conforme a denúncia (jornal O Povo), o esquema envolvia "laranjas" e empresas fora do Brasil, sediadas nas ilhas Virgens Britânicas, no Caribe. A irregularidade consistia em alterar a composição de sócios para burlar a Receita Federal. Empresas do Grupo Meio Norte, de Teresina, foram alvo ontem da Operação Sorte Grande, deflagrada pela Polícia Federal (PF) para desarticular um esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, investigado desde 2006. A estimativa da PF é que o valor desviado chegue a R$ 896 milhões. A trampa consistia em alterar sucessivamente a composição dos quadros societários das empresas do grupo que deviam à Receita Federal e depois transferir os ativos dessas mesmas empresas para falsos sócios ou empresas offshore.